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Xadrez Global: O cenário geopolítico da Guerra na Europa.

Com a possibilidade de ser o início da 3ª Guerra Mundial, como está o posicionamento das nações europeias na guerra entre Rússia e Ucrânia?

Há um certo alinhamento entre países em torno do conflito entre russos e ucranianos, o que pode tragar o mundo para mais uma guerra de proporções globais. O Sociedade Inteligente inaugura mais uma série de artigos repleto de informações para você. Veja o posicionamento dos principais países de cada região da Terra.


EUROPA

Ao que tudo indica, a Europa ainda não aprendeu certas lições com a história do séc. XX, e é berço de mais uma guerra potencialmente perigosa. Assim, em um eventual escalonamento do conflito local ucraniano, todo o continente deve ser arrastado para um terror não visto desde o fim da 2ª Guerra Mundial em 1945. Um conflito que era esperado por ambos os lados ser rápido e decisivo, já se arrasta por mais de 1 ano e sem vislumbre de um armistício. Esse cenário incerto eleva ânimos e faz testar a paciência de Moscou e da OTAN, em uma espécie de duelo geopolítico para ver quem irá dar o primeiro tiro e jogar a Europa toda na guerra.


França, Alemanha e Reino Unido são os três mais atuantes no apoio aos ucranianos. Os britânicos acabaram de enviar um carregamento dos seus mísseis de cruzeiro Storm Shadow para Kiev. Os alemães por sua vez enviaram equipamentos em larga escala, desde blindados leves, veículos de apoio, pessoal para treinamento, até blindados pesados como os tanques Leopard 2, e pessoal da Bundeswhehr para treinamento de soldados da Ucrânia. Já os franceses realizam missões constantes com suas forças em países vizinhos e enviaram a conhecida Legião Estrangeira para apoio à Kiev.


Mísseis de cruzeiro britânicos, Storm Shadow.
Tanque alemão da Bundeswehr - Leopard 2

Contudo há restrições ao envio de tropas para o teatro de operações. Dentre os países da OTAN, Itália e Hungria, já afirmaram que não vão enviar tropa ou equipamento para a região. Os húngaros inclusive estão sendo cotados pela OTAN para serem um meio de negociação entre as partes para chegar-se a um cessar-fogo. Suécia também ainda é incerta quanto à assistência ao aliado no conflito. Os suecos dispõem de vasto arsenal que inclui seus caças Gripen, vistos como os "matadores de Sukhoi" (Sukhoi é a empresa que fabrica os caças russos).


Caça sueco Gripen, "o matador de Sukhois".

Mais ao sudeste, no limite com o Oriente Médio, os turcos detém as chaves do Mar Negro que banha a costa ucraniana. Contudo, a recente eleição de Erdogan para mais um mandato à frente do país coloca os portões do estreito de Bósforo neutro quanto ao lado a escolher. Vladimir Putin contava com essa vitória para evitar um possível bloqueio marítimo no Mar de Azov e no próprio Mar Negro. Dessa forma, a guerra deve se manter somente em terra firme, sem previsões de escalar para uma guerra marítima.


Finalmente há países como Bielorrússia e Sérvia que se alinham mais com Moscou. A Bielorrússia é o mais próximo aliado dos russos. Uma proximidade de décadas que se estreitou com a necessidade de Putin em usá-los para posicionamento geoestratégico de tropas ao redor da Ucrânia. Já os servos são aliados por uma questão mais de dependência energética e também pela amizade entre Putin e Vucic. Porém o país vem buscando se aproximar do Ocidente e inclusive pleiteia o ingresso na União Europeia.


Uma guerra não espera para acontecer, e nem manda aviso. É como o susto quando o ladrão decide invadir sua casa e assaltá-la. O segredo é torcer para nunca ser necessário entrar em um conflito, mas estar sempre pronto para enfrentá-lo.


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