A senilidade de Biden chocou a todos ontem. Menos quem acompanha minhas análises.
Em 2022, muitos diziam que Joe Biden tinha o establishment ao seu lado, portanto dificilmente Trump voltaria. O republicano passava pelo seu momento mais apagado, com poucas aparições públicas e ainda sofria a fatídica invasão em sua mansão em Mar-a-Lago (que depois constatou-se que os tais documentos encontrados nessa batida foram plantados pelo FBI na cena).
Realizar análises internacionais requer muita frieza. Pois a natureza mais caótica e incerta do cenário internacional gera uma complexidade desafiadora ao analista. Contudo, deve-se sempre buscar a verdade dos fatos, sem torcida, sem achismos, e baseando-se em dados passados e presentes. Por isso, mesmo a contragosto (ou frente ao ceticismo da maioria), decidi não me ater às torcidas que permeiam as eleições dos EUA, e nesse mesmo ano, afirmei que Trump voltaria. Por quê? Explico.
O ex-Presidente republicano deixou a Casa Branca em 2020 sob forte suspeitas quanto ao processo eleitoral, o que (por mais que não haja prova cabal de fraude) deixou boa parte do eleitorado desconfiado e descrente na vitória de Biden. Some a isso, aqueles que optaram por Biden, ou se abstiveram de votar (já que nos EUA o voto é facultativo), por comodismo ou por acharem Trump um chucro e agressivo demais. O resultado: Uma margem pequeníssima para Biden operar que deveria se basear em dois pilares: economia forte e manter a aparência dos Estados Unidos como nação poderosa, frente a inimigos crescentes como os russos e chineses.
Além disso, em 2021, no seu primeiro ano, Biden já demonstrava sinais de senilidade. E a saída atrapalhada do Afeganistão, o expansionismo monetário de Washington, além de uma política externa fraca que levou à guerra da Ucrânia (e de Israel posteriormente) atingiram em cheio os pilares que Biden precisava mostrar a que veio. Portanto, um presidente débil, com sinais de fraqueza física, e com uma equipe incompetente, criava já em 2022 o cenário perfeito para o retorno do "Laranjão".
E em 23 e no primeiro semestre do presente ano, Biden não alterou o rumo do seu governo incapaz. E para piorar o cenário ainda concedeu ao rival um rótulo muito desejado na política: o de mártir. O uso do Departamento de Justiça para perseguir Trump, os inquéritos absurdos que o republicano responde, e inclusive as acusações que o levaram a ser encaminhado à delegacia, apenas catapultaram a imagem de que o candidato de direita luta contra um aparato estatal que visa eliminar quem se opões aos seus interesses obscuros.
Com todo esse panorama, o Partido Democrata foi incapaz, nos últimos 4 anos, de identificar um sucessor ao idoso e senil Presidente Biden. Já Trump, veio em ritmo acelerado como uma locomotiva e esbanjando vigor e demonstrando imagem forte (algo que todo americano gosta). E dessa forma, ontem ocorreu o debate que foi humilhante tanto para os democratas quanto para o atual POTUS (President of the United States - sigla usada para o Presidente dos EUA).
Biden, em muitas respostas balbuciou, tropeçou nas próprias palavras, confundia temas, e a testa franzida quase o tempo todo demonstrava um esforço hercúleo para manter-se focado e com pensamento minimamente ordenado do ponto de vista cognitivo. Trump atropelou e aproveitou em momentos para tripudiar em cima da condição fraca do adversário. Assim, a reação foi imediata dos jornalistas progressistas e de todos do establishment burocrático que derrotou Trump em 2020: Algo precisa ser feito urgente, para que Trump não vença.
Do lado da direita, a noite foi de muitos memes e risadas pelo desempenho patético de Biden. O debate fortaleceu a posição de liderança na campanha de Donald Trump e confirmou que será bem mais difícil para os democratas do que foi 2020. E será bem menos difícil do que foi 2020 para os republicanos. Mas de tudo isso, uma coisa é certa: Trump voltou e está muito forte para vencer as eleições e retornar à Casa Branca.
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