Enrique Ricardo Lewandowski, um ministro polêmico e sobre o qual pairam suspeitas de corrupção, conivência com parlamentares corruptos e a eterna luz de que foi empossado no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Lewandowski possui diplomas em ciências políticas e sociais, e em ciências jurídicas. De carreira, o Ministro foi alçado a juiz (sem concurso público) em 1990, no Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo, através de indicação da OAB/SP. Em 1997 alcançou o status de Desembargador do TJ-SP. Finalmente, em 2006, alcançou as graças do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e fora indicado para assumir como Ministro do STF.
Após o breve panorama histórico de Lewandowski, cabe observar mais a sua trajetória como Ministro do STF. Como Ministro, é conhecido por ser pragmático e não ser constante em suas decisões. Posicionou-se fortemente em julgamentos importantes que chegaram à Suprema Corte do Brasil a favor do partido que o colocou na posição, o PT. Além disso, foi o responsável por uma das decisões mais controversas em infames do STF no processo de impeachment da ex-Presidente Dilma Roussef.
Dentre decisões polêmicas, o membro do Poder Judiciário foi responsável por diversas absolvições de petistas, como João Paulo Cunha, no âmbito do mensalão. Também votou a favor da absolvição do nome mais forte do PT depois de Lula, José Dirceu. No caso, Lewandowski entendeu que não houve participação do ex-Ministro da Casa Civil de Lula nas articulações do mensalão com o Congresso. Finalmente, continuando na sua saga de advogado petista com a capa de Ministro do Supremo, no processo de impeachment de Dilma Roussef por não cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em 2016, a ex-Presidente Dilma Roussef era vítima do monstro que criara com seu projeto econômico de endividamento estatal. Com a tentativa de manipular o mercado fixando preços de energia e combustíveis, além de forte interferência na flutuação cambial, acabou estourando o orçamento da União, configurando as famosas "pedaladas fiscais". Essas manobras contábeis para permitir estourar o orçamento foram condenadas publicamente e levaram à oposição constatar o crime de responsabilidade. Após um julgamento no Congresso histórico, Dilma sofreu o impeachment, que além de a retirar do cargo, removeria seus direitos políticos por oito anos. Porém em uma manobra política, o Senado decidiu manter os direitos políticos da ex-Presidente e foi referendado pelo Presidente da Sessão, Ricardo Lewandoski, que como Presidente do STF, presidia o julgamento político no Senado.
Atualmente, o Ministro se posiciona favoravelmente em pautas polêmicas como aborto, legalização de drogas, o infame inquérito das "fake news", e no inquérito dos "atos antidemocráticos". Atua politicamente (contra a determinação Constitucional), manifestando-se em questões de poder do Executivo e Legislativo, e por último, colocou-se ao lado dos demais pares na prisão autocrática do parlamentar Daniel Silveira, apoiando as falas do relator Alexandre de Moraes (interpretadas por alguns como chantagem ao Congresso, já que muitos políticos possuem processos parados na Corte, que poderiam ser levados a cabo no caso de a Câmara aprovar a soltura do deputado). E por último, admitiu o uso de frases obtidas por hackers em conversas sigilosas da Lava-Jato (ou seja, de forma ilegal e que antes tinham sido descartadas justamente por terem sido obtidas ilegalmente).
Esse é Ricardo Lewandoski, o protetor do PT no STF.
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