Mais um episódio da série do Sociedade Inteligente abordando o passado dos atuais Ministros do STF. Conheça um pouco mais do vilão, Alexandre de Moraes.
Não é nenhum personagem de Star Wars, mas com certeza por um erro do destino, pois o sr. Alexandre de Moraes encarna todas as características de um Lorde Sith. Mal, tirano, desprovido de empatia, frio, calculista e dono de um aparato estatal político que faz inveja a grupos temidos na história como a SS Nazista, ou até a KGB soviética. Moraes é um Ministro indicado por Michel Temer (um dos chefões do establishment brasileiro), e tem envolvimentos sombrios com máfia, políticos corruptos e abuso do poder que lhe foi concedido ao longo da carreira.
Alexandre de Moraes é formado em Direito pela USP e Doutor em Direito do Estado pela mesma universidade. Em 1991, tornou-se promotor de justiça de São Paulo. Trilhou essa carreira até 2002, quando ascendeu ao primeiro cargo público de confiança, à frente da Secretaria de Justiça de São Paulo, nomeado pelo tucano Geraldo Alckimin (maior cotado para chapa com Lula agora em 2022). Em 2010, fundou seu próprio escritório de advocacia. Passou por diversos cargos políticos no âmbito da administração pública estadual de São Paulo, até que foi novamente chamado por Alckimin, em 2014, para assumir como Secretário de Segurança Pública.
No cargo máximo da Segurança Pública de São Paulo, a marca registrada do então Secretário foi a truculência e excesso no uso da força pelo Estado. Em 2015, Alexandre de Moraes foi responsável por manchar a imagem da polícia no estado, dando ordens de força excessiva, o que levou à estatística (divulgada pelo O Globo) de 25% dos assassinatos no ano serem de responsabilidade direta dos agentes da segurança pública do estado de São Paulo. Mas a violência de Moraes não parava por aí. O jornal Estado de São Paulo divulgou à época o envolvimento do Ministro do STF com a maior organização criminosa do país, o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo levantamento do jornal, Alexandre de Moraes constava (em 2015) em mais de uma centena de processos envolvendo a empresa Transcooper como seu advogado. A cooperativa era investigada como parte de um esquema multimilionário de lavagem de dinheiro e corrupção de agentes públicos chefiado pela maior organização criminosa da América Latina, o PCC. Moraes alegou que havia renunciado aos casos antes de assumir a Secretaria de Segurança Pública, porém o escritório que ele fundou continuou com os processos.
Além desse caso, antes de ser chamado para o Ministério da Justiça por Michel Temer, Moraes foi advogado do deputado Eduardo Cunha, do então PMDB, em caso de falsidade ideológica. O então advogado conseguiu a absolvição de Cunha no STF. Após isso, assumiu na gestão de Temer como Ministro da Justiça e em seguida chegou ao cargo de Ministro do STF em 2017. No STF, Alexandre de Moraes pôde abrir suas garras contra inimigos e dissidentes políticos, ingressando no seu típico ativismo político e "justiça" vista somente em filmes como Minority Report, julgando pessoas por crimes que poderiam cometer.
As polêmicas envolvendo Alexandre de Moraes no STF são várias, e todas na contramão da sua célebre frase:
Moraes foi o responsável pelas prisões de dois jornalistas e um terceiro pedido de prisão: Oswaldo Eustáquio (que acabou com lesões na prisão o deixando paraplégico); Wellington Macedo, preso por cobrir as manifestações de 7 de setembro; e há o pedido de prisão decretado pelo Ministro do STF para o jornalista Allan dos Santos (o qual reside atualmente nos EUA).
Mais recentemente, Alexandre de Moraes, pediu o banimento do Telegram no Brasil. A alegação do autocrata é que o aplicativo não cumpriu decisão judicial de exclusão de contas por supostas "fake news" (não há lei que defina o crime, e é mais uma criminalização monocrática de opinião). O Telegram se viu forçado a cumprir a decisão, o que impediu seu banimento.
Tirano, mal, envolvido com a corrupção mais vil e entranhada no Estado, esse é o senhor Ministro do STF, Alexandre de Moraes. Se está lendo essa reportagem, é porque ainda não fomos banidos. AINDA!
Portanto, apoie o Sociedade Inteligente, seguindo nossas redes sociais no Twitter e Facebook, bem como realizando uma doação voluntária via PIX.
Kommentare