Arma não carregada, ações de Kirchner após o suposto atentado, evidências convenientemente sumidas. As teorias de conspiração surgem sobre o caso.
Na última quinta-feira (01), um suposto atentado à vida de Cristina Kirchner, atual Vice-Presidente da Argentina movimentou a política no Cone Sul. Primeiro pelo atirador ser brasileiro naturalizado argentino, segundo pela realidade socioeconômica cruel da Argentina. Ao conectar os pontos de fatos posteriores e evidências levantadas (e sumidas), a suspeita de tudo não passar de uma armação dos peronistas argentinos cresce.
I. Arma não carregada
Segundo informações apuradas no dia, e divulgadas aqui no Sociedade Inteligente, a arma do atirador estaria apenas alimentada, porém não carregada. A informação foi confirmada pela Polícia Federal argentina, como demonstrou nesse domingo o programa Fantástico.
O que gera estranheza nesse fato é que uma arma não dispara se não estiver carregada. Acrescenta-se a isso o fato que um atirador com intenção real de matar, e ao ver a oportunidade de estar com uma pistola na cara do seu alvo (como foi no evento em questão), não perderia a chance de executá-lo. A arma, quando está alimentada somente, não é garantia de disparo. Alimentar uma pistola é o ato de inserir um carregador municiado nela. Posteriormente, para que haja o disparo, é preciso carregar com uma determinada ação. No caso da pistola usada, o ato de puxar o ferrolho e soltar, completaria o procedimento e tornaria a pistola letal de fato, com a trava liberada. Um assassino com real intenção de matar não deixaria de realizar o carregamento da arma para efetuar o disparo. Logo, isso traz forte suspeita sobre as reais intenções do agressor.
II. Cristina Kirchner, após o atentado, não foi retirada do local e continuou atendendo militantes
O atentado político é algo grave em qualquer país. Em 2018, quando o atual Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, sofreu uma facada no abdômen, foi imediatamente retirado do local e o comício encerrou-se. É a reação natural, para preservar a autoridade alvo de outros possíveis agressores. Porém, Kirchner, após ter uma arma apontada na sua cara, deu uns dois pequenos passos para trás e esboçou uma leve surpresa sem que os seguranças a removessem de forma rápida. A Vice-Presidente continuou no local falando com apoiadores após o ocorrido.
III. Provas no celular do agressor se perderam nas mãos da Polícia "acidentalmente".
Nesse domingo, a autoridade policial investigando o caso cometeu um erro básico ao manusear o aparelho celular que estava em posse do agressor da Vice-Presidente: Restaurou os padrões de fábrica do aparelho, o que pode ter perdido mensagens, imagens e áudios gravados nos dias anteriores. Essas evidências poderiam levar a quais foram os reais motivos do suposto atentado.
As suspeitas de fraude cresceram e as teorias de conspiração surgem tanto do lado da esquerda quanto da direita. Apoiadores de Kirchner afirmam que o agressor seria de movimento neonazista e grupos poderosos estariam por trás do evento. Mas essa narrativa não se sustenta. Um atentado de opositores extremistas de grupos neonazistas levaria ao sucesso provável, em uma situação na qual o atirador conseguisse chegar com a arma na cara da peronista, não o erro primário de não carregar a arma.
A direita por sua vez constrói uma teoria mais provável. Com um governo extremamente impopular, com resultados econômicos péssimos e a maior crise inflacionária do país, somando a isso o crescimento do desemprego e quase metade da população jogada na pobreza, a Vice-Presidente pode ter apelado para armar um atentado com uma pessoa que provavelmente seria natural agressora na situação. Isso traria a imagem de vítima e de luta contra "interesses obscuros", ainda mais se tratando de um brasileiro naturalizado, já que o Brasil é um país governado por um opositor ideológico.
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