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Sob o lema "Deus, Pátria e Família", a direita vence na Itália e governará o país.

Giorgia Meloni é a líder do partido vencedor nas urnas, o Fratelli d'Italia, e já dada como a nova Chefe de Estado do país.

A aliança entre a direita italiana logrou êxito nas eleições do país. FdI (Fratelli d'Italia), Liga e Força Italia foram bem sucedidos na campanha eleitoral desse ano, o que resultou na vitória inquestionável e sonora no país. A aliança direitista obteve 45% dos votos, segundo a boca de urna do país, enquanto progressistas do PD (Partido Democrático) ficou com apenas 22% dos votos, segundo o Deutsche Welle.


Meloni afirma não ser fascista, e sim conservadora. A líder de direita fez questão de salientar essa diferença e adotou o tom adequado para a posição atual da Itália no mundo. Como a Itália é membro da OTAN, já declarou seu apoio à Ucrânia na guerra, e disse que a terceira maior economia da zona do Euro não irá embarcar em aventuras.



Essa será a primeira mulher a comandar o Estado italiano e trazer pautas tidas importantes para os italianos. A líder do FdI falou em combater a islamização da Europa, em defender os italianos antes de outros interesses externos e também defendeu a ideia de campanha do "flat tax". Essa ideia traz uma escala de tributação única para os italianos, independente de faixa salarial, o que gerará menos presença estatal na economia e mais dinamismo ao país integrante do G7.


CONTEXTO


A Itália passou por um momento instável com a pandemia e a renúncia de Mario Draghi, premiê italiano, em julho. A renúncia veio após a cisão com o Movimento Cinco Estrelas e perda de apoio mínimo para continuar à frente do Parlamento. Draghi é o retrato do establishment europeu. É banqueiro tendo sido Diretor Executivo do Banco Mundial, Presidente Executivo do Banco Central Europeu e outros órgãos financeiros internacionais.


A incapacidade dele, como Chefe de Governo, em estabelecer a direção da Itália no sentido de ajuda à Ucrânia, gerou uma divisão entre o Movimento Cinco Estrelas (M5S) e outros membros da aliança governista. Enquanto membros conservadores viam com reticências o envolvimento direto no conflito, o M5S queria envio direto de ajuda militar a Kiev. O resultado foi o racha na aliança e a insustentabilidade de Mario Draghi.


Assim, com a ascensão da direita, o que se espera é uma postura mais diplomática da Itália em favor da Ucrânia e menos incisiva, ficando, a priori, descartada a ajuda militar direta ao governo de Zelensky. A direita liderada por Meloni é um estilo feminino e mais moderado dos seus análogos americanos Donald Trump e Jair Bolsonaro, duas maiores lideranças conservadoras atuais no mundo. Mas sua defesa a Deus, Pátria e à família tradicional ficou clara no slogan e trará novos ares para Roma.


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