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Protestos se espalham pelo país após toques de recolher e novo lockdown

A medida controversa de tentativa de contenção da pandemia gera protestos generalizados em todo país.


A pauta é uma só: Liberdade! Os protestos desse domingo se espalharam pelo país em uma onda de insatisfação popular contra prefeitos e governadores que de forma autoritária decretaram nas últimas semanas um novo lockdown em suas jurisdições. Porém dessa vez, as restrições vieram mais severas, com toques de recolher e até impedimento de circulação para visitas a parentes. O movimento começou de forma orgânica e democrática após a declaração do Presidente Jair Bolsonaro, na live tradicional de toda quinta-feira, que respeita o apoio popular e que, por ter sido eleito democraticamente, sempre respeitará a vontade do povo. Assim, Brasília, São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, e cidades do interior como Juiz de Fora, São José dos Campos entre diversas outras aderiram a protestos que se espalharam, pedindo o fim das medidas de restrição impostas a força por governadores e prefeitos.


Brasília

Segundo aqueles que estavam no protesto em Brasília, a pauta era orgânica e o desejo do povo é retomar as atividades econômicas, colocando fim no controverso lockdown decretado pelo Governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), que inclui o toque de recolher das 22h às 05h, e a restrição de funcionamento de diversos serviços e comércios considerados "não-essenciais". A medida tem gerado revolta, aumento de desemprego, e até o momento, após 2 semanas de implementada, ainda não surtiu efeito na diminuição de internações por Covid-19. Ano passado, o GDF recebeu bilhões de reais do Governo Federal para combate à pandemia, porém no final do ano passado fechou o hospital de campanha e muitos leitos de UTI. O então Secretário de Saúde, Francisco Araújo, em agosto do ano passado, foi afastado do cargo por irregularidades na compra de testes de Covid-19 para o combate à pandemia. Na época, o Governador Ibaneis classificou como "desnecessária" a operação que levou a prisão de Francisco Araújo.


São Paulo

Em São Paulo os protestos se arrastaram pela manhã e pela tarde com carretas que deixaram o trânsito da capital paulista no estilo que o cidadão da cidade está acostumado, travado. Por sua vez, em São Paulo os protestos vão além da indignação contra o lockdown. O Governador João Dória, assim como diversos outros governadores (Ibaneis Rocha inclusive), decretou o aumento do ICMS sobre o Diesel e o gás após o Presidente Jair Bolsonaro isentar os combustíveis de impostos federais. A medida ainda não justificada pela assessoria do Governo de São Paulo eleva ainda mais a temperatura no estado mais rico do Brasil. São esperados mais protestos de caminhoneiros contra Dória. Em São Paulo também houve escândalo de corrupção: O Secretário de Transportes da gestão Dória, Alexandre Baldy, foi preso no âmbito da Operação Lava Jato do RJ, prisão expedida pelo juiz Marcelo Bretas, que investiga o envolvimento do político em esquemas com organizações criminosas para obtençao de vantagens em contratos públicos. São Paulo também foi mais um estado que, no final do ano passado fechou seus hospitais de campanhas e leitos de UTIs que precisaram serem reabertos com a nova crescente de casos de Covid-19 este mês.


Porto Alegre

Em Porto Alegre também houve protestos contra a tirania do governador Eduardo Leite (PSDB), com carreatas, bandeiras do Brasil e foi entoado o Hino do Rio Grande do Sul no centro da cidade. Na capital gaúcha o lockdown é identificado como um dos mais severos e autoritários. Não bastando a restrição dos ditos serviços e comércios não-essenciais, o governador tucano também decretou uma espécie de estado de sítio, com o toque de recolher das 22h às 05h, medida essa que se arrasta desde o dia 20 de fevereiro e também não demonstrou eficácia na diminuição de internações contra Covid-19. Porém, o Chefe do Executivo gaúcho foi além e ainda restringiu a comercialização de bens tidos como "não-elementares para a sobrevivência do cidadão". A capital já vinha enfrentando protestos por semanas, e agora se uniu ao movimento nacional dos brasileiros. Segundo os participantes, não será interrompido o movimento e a intenção e aproveitar o engajamento e reforçar os protestos com mais manifestações a serem efetuadas nas próximas semanas caso não haja mudança de atitude do Palácio Piratini.


Rio de Janeiro e Salvador

A capital carioca, reduto político do atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, ambém não foi exceção. O Rio de Janeiro aderiu às manifestações na praia de Copacabana e em avenidas da região turística e central da cidade. Os protestos são em apoio à liberdade das pessoas e contra medidas autoritárias como o lockdown, medidas essas não comprovadas cientificamente no combate à pandemia do novo Coronavirus. No Rio, manifestantes gritavam palavras de ordens, e em apoio ao Presidente Bolsonaro.

Além da cidade maravilhosa, o Nordeste também aderiu às manifestações. Em Salvador foram registrados protestos pela liberdade e pelo fim do lockdown no estado. Tido politicamente como território do PT e da esquerda, a Bahia comprovou na prática que os tempos mudaram e a adesão às manifestações de hoje foi intensa, inclusive com palavras de ordem e apoio a Jair Bolsonaro.


Belo Horizonte

A capital mineira que vive a chamada "fase roxa" do lockdown também se manifestou. O autor das medidas de restrições é o prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD). Kalil determinou restrições de circulação, fechamento de comércios e também se envolveu no segundo semestre do ano passado numa polêmica medida que cassou todos os alvarás de escolas privadas na capital, em virtude da reabertura feita por essas instituições sem a autorização do prefeito. A decisão das escolas fora em virtude da observação em diversos países que a contaminação de crianças e adolescentes com a Covid-19 é ínfima. Kalil também é mais um político que foi investigado por corrupção. Em 2013, foi denunciado pelo Ministério Público, quando diretor do Clube Atlético-MG, por enriquecimento ilícito através de empréstimos do clube.


Além das capitais, foram observados protestos em várias cidades do interior também. Vejam as imagens:


São José dos Campos - SP

A cidade do interior paulista registrou protestos na frente do Centro de Tecnologia Aeronáutica e sede da fábrica da Embraer.


Juiz de Fora - MG

A cidade é sempre mencionada por Jair Bolsonaro como sua segunda casa, após ter sofrido um atentado contra sua vida e esfaqueado durante a campanha eleitoral de 2018. Após ser salvo pelos médicos da cidade, criou-se um bom vínculo entre o Presidente e os moradores locais que também aderiram aos protestos de hoje.


Barbacena - MG

A cidade dita vizinha de Juiz de Fora também teve protestos. Há relatos de que em Barbacena foi decretado pelo prefeito Carlos Du (MDB) um lockdown ao ponto de não se poder nem sair de casa para visitar parentes.

Além das cidades citadas aqui, houve protestos em diversas outras capitais como Campo Grande, Cuiabá, Recife, Manaus, Belém e também muitas outras do interior. Porém um caso emblemático vale destacar no Ceará. Reduto da família Gomes de Ciro e Cid Gomes (que atropelou manifestantes com uma retroescavadeira). A capital Fortaleza vem sendo vítima de um forte lockdown. Ordenada pelo Governador Camilo Santana do PT, a PM enviou a tropa de choque para dispersar manifestantes que não depredaram patrimônio algum, apenas manifestavam sua opinião. A imagem fala por si só.

* Fontes das imagens: Redes sociais

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