O século XXI traz uma nova modalidade de guerra: A guerra cultural implantada pelo gramscismo e sua ideia de correr as estruturas por dentro através da cooptação cultural.
Prepare-se, pegue uma caneca de café ou água, ou o que preferir para ler o presente texto. Irei discorrer um pouco sobre a famosa "polarização" que tem surgido como a guerra do século 21. A discussão entre segurança e liberdade ganhou proporções épicas com a pandemia da Covid-19. Porém, o tema já vinha em ascensão após o avanço do conservadorismo nos últimos 5 anos que diminui o espaço hegemônico das pautas progressistas-globalistas. Irei discorrer sobre cada um e depois revelar qual opção vejo como a melhor.
1. Progressismo: Vamos unir a humanidade a todo custo!
O fim da Guerra-Fria foi o estopim para o fortalecimento do globalismo mundo afora. Frases famosas como "o fim da história" e advento de ideias de uma humanidade unida com músicas como "One" fortaleceram acadêmica e culturalmente que o homem deixara de lado suas diferenças com a "vitória" do capitalismo em 1989. E de fato houve avanços significativos em matérias como meio-ambiente, políticas para minorias e repúdio ao autoritarismo político mundo afora.
A década de 1990 e dos anos 2000 foram marcadas por uma série de cúpulas internacionais com os países ávidos por acordarem avanços em temas diversos como conversação ambiental, água, mudanças climáticas, "liberdade" de gênero, políticas assistencialistas entre outras questões humanitárias. Foi de fato, comparando ao que se vê hoje, a primavera dos acordos internacionais e parecia que finalmente as nações (a despeito dos percalços) estavam caminhando, a seu ritmo, para um mundo unido.
O capitalismo ficou como a herança da Guerra-Fria por ter sido o "lado vencedor" e continuou voraz, inclusive criando a aberração chinesa: Um Estado Comunista com uma economia capitalista selvagem ao extremo. Essa aberração (não sabíamos à época que seria o grande problema do século) aparecia como mais uma prova da possibilidade de coexistência do paradoxal. O próprio progressismo, por também não encontrar oposição no conservadorismo, avançou com a doutrinação de ideias mundo afora usando-se do sistema capitalista com a finalidade de angariar recursos e cooptar influenciadores para seu lado. A lembrança da Guerra-Fria foi utilizada para que pautas fossem implantadas e os indivíduos abrissem mão de "certas liberdades" em prol do bem-comum, como a luta desarmamentista mundo afora, tratados de não proliferação nuclear, diminuição de gastos militares.
Tal cooptação deu-se principalmente com a disseminação da importância "de se viver em uma comunidade segura", da união de todos a todo custo como saída para os problemas socioeconômicos, da luta contra as guerras que assolaram o séc. XX e contra o retrógrado, ultrapassado, violento, bárbaro que viveu-se até então. Essa difusão notoriamente foi feita com o uso dos meios de comunicação que também foram doutrinados a emitir e martelar na cabeça das pessoas expressões como: gênero, feminismo, mulher forte, igualdade, segurança, bem-comum, aquecimento global, futuro da humanidade, globalização, união, comunidade global.
2. Conservadorismo: Hum, o mundo não mudou para melhor, não é mesmo!?
O conservadorismo sofreu um duro golpe nos anos 1980 e 1990. O fim da Guerra-Fria e a ascensão do globalismo e pautas progressistas levaram a humanidade para caminhos que em muitos lugares não houve nenhuma espaço político para essa vertente. A política em alguns países, como o Brasil dividiu-se na época entre partidos progressistas mais moderados como PSDB, DEM, PMDB, entre outros, e partidos mais autênticos no viés como PT, PTdoB, PCdoB. E partidos conservadores eram simplesmente colocados de escanteio, como o famoso PRONA do lendário Dr. Enéas Carneiro.
Verdade seja dita, foi uma resposta natural de uma humanidade cansada de conflitos e de polarização de décadas entre Socialismo e Capitalismo. Essa exaustão abriu o espaço ideal para o avanço de ideias progressistas e globalistas que já vinham numa ascendente desde o fim da II Guerra Mundial. Assim, foram praticamente 30 anos de um silêncio maior da direita, o que levou à atual hegemonia cultural, acadêmica e política do progressismo. Porém a hegemonia esmagadora passou a ser autoritarismo, com vozes conservadoras execradas, ridicularizadas e até em casos mais extremos criminalizadas. O mundo voltava a uma nova forma de autoritarismo, contra o autoritarismo do passado (por mais paradoxal que possa parecer).
Continuando com as verdades, as promessas do "fim da história" e da "rodinha" com a humanidade cantando Kumbaya não se materializaram. Por quê? Estudos científicos minoritários, mas não menos validados pela metodologia científica, comprovaram falhas e até inverdades nas teorias de aquecimento global e narrativas ambientalistas, além da descoberta de novas largas reservas de petróleo que colocavam por fim o temido "fim do combustível". Surgiram guerras mais covardes ainda, como as guerras assimétricas e guerras paramilitares. Assim, dois pontos importantes do sustentáculo do projeto de poder de esquerda encontravam um desafio à altura, a ciência e os fatos.
Abria-se a brecha para a reação conservadora. As temáticas culturais, de gênero e o poder midiático tradicionalmente "canhoto" não conseguiram frear as verdades que vinham a tona: Corrupção dos altos poderes de governos progressistas, escândalos em organismos internacionais, homens que afirmavam governar para o povo, mas no fim do dia, governaram para si mesmos. Isso, somando-se à popularização da internet que deu à humanidade um maior acesso a informações, desmontou gradualmente os discursos e doutrinação oferecidos pela Grande Mídia tradicional e progressista.
Dessa forma, líderes apareceram como vozes do conservadorismo entalado em muitas pessoas que viam uma pauta se dizer "democrática" porém não aceitar o contraditório e suprimir falas por diferenças ideológicas. O resultado mais significativo de toda essa reação pode-se observar na eleição última dos líderes das principais democracias ocidentais: Donald Trump (EUA) - responsável pelo esvaziamento de organismos multilaterais como ONU; Boris Johnson (Reino Unido) - responsável pelo famoso "Brexit"; e Jair Bolsonaro (Brasil) - responsável pelo fim da hegemonia de esquerda na América Latina e esvaziamento do BRICS. Um claro "tapa na cara" da hegemonia progressista mundial. E da melhor forma, através da democracia ouviu populações que se cansaram das falsas promessas e demagogias que não se traduziram em efetiva melhoria de vida na prática.
3. Qual lado escolher?
Muitos se perguntam, onde ficarei nessa polarização? Esquerda ou direita? Não se iluda com o meio, pois de fato nunca há (ou houve) um meio. Ao se definir como de "centro" você automaticamente se coloca contra os princípios conservadores que prezam as suas origens, raízes e o respeito a elas sem que você tenha que abrir mão disso, ou seja, o meio sim é progressista. Vou oferecer os dois lados da moeda, e a escolha é sua, caro leitor.
Pelo fato do centro ser progressista e a esquerda também, quem gosta da zona de conforto, não quer conflitos, não deseja ser questionado, precisa de apoio para crescer, quer subir na vida fácil, é o melhor caminho. Afinal, você terá todo amparo estatal para isso, dos meios de comunicação (em sua maioria de esquerda), e da maioria das personalidades que também ganharam sua fama se apoiando no progressismo. Isso ajuda uma série de fatores como: Propaganda, construção de discurso, acesso a informações, acesso a recursos, etc. É uma área para quem é menos provido de argumentação e conta com o doutrinamento e a alienação como armas para cooptar e manter a sua comunidade bovina, ou seja, para os preguiçosos, sejam bem-vindos.
A direita é mais desafiadora. Primeiro por sua natureza livre e conservadora. Reconhece que cada indivíduo é em si um ser humano que não precisa pensar como os demais. A pessoa deve trabalhar e criar sua forma de sustento para não depender dos outros o que é extremamente mais desafiador do que os auxílios oferecidos pela esquerda. O Estado deve te garantir o mínimo para que não se viva na anarquia, porém você é livre para construir seu futuro, respeitando também a individualidade dos outros. As culturas tradicionais, o passado precisa ser valorizado sem impedimento dos avanços tecnológicos para que cada um possa evoluir individualmente nas suas escolhas e se responsabilizar por todas elas. Meios de comunicação e instituições não estarão a seu favor, até porque elas interferem na sua autonomia, portanto é um caminho para os fortes, corajosos, homens bravos, honestos, sinceros, verdadeiros e argumentativos, enfim, é o caminho para os homens do oeste.
Eu opto pela direita. Prezo sim pela minha liberdade de expressão, quero poder construir minha vida sem ter alguém me dizendo o que vestir, o que comer, o que usar ou não usar, e responder pelas minhas escolhas individualmente. Sei da importância do Estado como agente garantidor da ordem, não contrario suas normas e prezo pelas culturas das outras pessoas. Respeito cada um em sua individualidade dentro de uma coletividade com vários atores, cada um no seu canto, sem precisar obrigatoriamente todos unidos, mas todos se respeitando nas suas diferenças.
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