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Por que Trump perdeu?

A derrota de um candidato popular, que fez a economia dos EUA decolar e ainda possibilitou a criação de vacina em menos de 1 ano. O sistema é bruto!

Joe Biden é o novo presidente dos EUA com a confirmação pelos colégios eleitorais. Uma reflexão é fundamental nesse momento: Por que Trump perdeu? Para isso é primeiro observar um fator da sociedade norte-americana: Presidentes que passam por crises econômicas severas não se reelegem. Há também duas visões que precisam ser contempladas nessa reflexão: Trump perdeu de fato por fraude eleitoral e isso será acobertado; ou a verdade é que o povo dos Estados Unidos já são em sua maioria progressistas e apoiam pautas que o atual Presidente bateu forte como meio-ambiente, fontes de energias alternativas, e expansionismo monetário frente à pandemia.


É comprovado pela história dos EUA que presidentes que enfrentam severas crises econômicas não conseguem se reeleger. Carter (1977-1981) e Hoover (1929-1933), são exemplos dos séc. XX dessa realidade. A democracia estadunidense sofre do mesmo mal da brasileira: A falta de memória. No começo do ano, os Estados Unidos, após opções econômicas acertadas feitas pela equipe da atual administração, experimentavam a melhor fase desde o início do séc. XXI. Contudo, a pandemia da Covid-19 trouxe suas consequências que levou à paralisação da maior economia do mundo, justamente no ano eleitoral, um impacto letal no governo republicano de Trump.


Contudo, não é apenas a economia que explica a derrota. Avaliando a tese de fraude eleitoral, há indícios de que alterações foram feitas em votações. Vídeos de cédulas jogadas fora, de impedimentos de auditagem, de contagens suspeitas que deram votos postais somente para o lado democrata e outras denúncias feitas na internet. Além dessas imagens, acusações sérias feitas contra a empresa de votação Dominion também sustentam a argumentação de que houve uma real alteração de resultado que pode ter afetado um genuíno pleito. Apesar disso, não houve suporte dos tribunais e cortes americanas para corroborar essas evidências, o que acabou desacreditando as alegações, além do trabalho dos jornais e meios de informação em também não divulgar esses fatos pela falta de provas concretas.


Não havendo provas para sustentar as alegações de fraude, uma outra constatação a ser feita é: A sociedade dos EUA apoia pautas progressistas que Donald Trump era forte opositor. Trump removeu o país do Acordo de Paris sobre o Clima, iniciou uma retirada da OMS, fortaleceu correntes conservadoras de uso dos combustíveis fósseis (e em consequência, a indústria petrolífera). Na economia, evitou o expansionismo monetário durante a pandemia, não imprimiu papel-moeda para quem ficou sem emprego, e buscou controlar a inflação com juros e aumento da produtividade, política fiscal rígida. Houve também a extinção do programa de saúde pública conhecido como "Obamacare" que levava saúde gratuita a pessoas sem condições de ter um plano de saúde. Esses passos rumo a uma ortodoxia econômica, liberalismo socioeconômico e conservadorismo parecem não ter encontrado sustentação popular suficiente para garantir um segundo mandato de Trump.


Portanto, seja pelas consequências da pandemia, pela fraude, ou pela real falta de popularidade entre o povo, o fato é que Donald Trump não conseguiu se reeleger. Por mais que hajam ainda manobras em andamento pela equipe do atual presidente, é muito difícil reverter o resultado, e tal reversão, agora, pode acabar sendo mais danosa do que benéfica. Portanto, Washington voltará às mãos dos democratas. Mas os democratas não conseguiram controlar na totalidade o Congresso, fator muito bom para o equilíbrio de forças no centro do poder dos EUA. E o presidente eleito, Joe Biden, bem como sua vice, Kamala Harris, precisam demonstrar bons resultados urgentes, além de conseguir penetrar na sólida base de apoio de Trump, ou correrão riscos sérios de terem o mesmo fim do atual Chefe do Executivo norte-americano.

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