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Por que o dólar disparou no Brasil?

A alta da moeda americana traz um cenário sombrio para a economia brasileira.


A recente disparada do câmbio no Brasil tem sido um reflexo de diversos fatores impactantes na economia do país. Um dos principais motivos é a fuga de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED), que tem preocupado os especialistas. Segundo dados fornecidos pela própria EBC, a fuga de capitais no país está a todo vapor, com queda de 13% em 2023. Isso tem contribuído para a fragilidade da moeda nacional, mas não para por aqui.


A vitória de Trump nas eleições americanas também tem um papel importante nesse cenário. Porém, contrariamente ao que é veiculado nas mídias pagas com dinheiro público, o efeito Trump está atraindo investidores para o mercado dos Estados Unidos. A promessa de políticas econômicas mais favoráveis aos investidores, através do programa socioeconômico conhecido como Agenda 47 (divulgado por Donald Trump em seu canal no Youtube), está levando a uma busca por papéis americanos, além da promessa de Trump do fim do expansionismo monetário aplicado por Joe Biden. Isso ajuda mais ainda a saída de investimentos do Brasil (um mercado emergente e arriscado), impactando diretamente o câmbio USD x BRL.


Além disso, o expansionismo monetário adotado pelo governo Lula tem inundado a economia com uma grande quantidade de reais. A estratégia tem sido, como há a independência do Banco Central, e o atual presidente (em seu último ano de mandato) mantém uma política monetária firme, é aumentar gastos públicos, mesmo que gere déficit fiscal. Para cobrir o déficit, o governo emite títulos da dívida pública, e tem adotado a estratégia de aumentar impostos. Pela lei da oferta e da procura, quanto mais reais em circulação, menor o seu valor no mercado cambial, o que tem contribuído para a alta do dólar também.


Falando em aumentar impostos, esse é perverso não somente no expansionismo monetário. Mas é um fator que tem causado impacto negativo na economia brasileira. A elevação da carga tributária causa muitas dificuldades para empresas se manterem competitivas e para investirem em novos projetos. Isso afugenta potenciais investidores na economia real, e mina as possibilidades de alavancar a economia de fato. A carga tributária do Brasil hoje já passa de 1/3 da economia, estrangulando a iniciativa privada, e colocando o Estado em praticamente todos os setores e atividades econômicas.


As opções para esse cenário são a contenção de gastos, privatização de setores não estratégicos que estão nas mãos do Estado, incentivos para pequenos e médios empresários e revitalização da indústria do país. Contudo, tais medidas necessitariam o temido "corte na carne" que o governo petista não fará, por precisar pagar muitos apoios (seja na mídia, seja no empresariado com subsídios, seja no funcionalismo público). Portanto, o cenário econômico brasileiro com a atual gestão é sombrio, e os sinais de aumento da inflação, da desvalorização cambial e da estagnação econômica já estão sendo sentidos, principalmente pelas classes mais baixas da população.


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