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"Pollsgate": O escândalo das pesquisas eleitorais

Updated: Oct 3, 2022

Com resultados tão discrepantes da realidade apresentada neste domingo, parlamentares e a população subiram a hashtag #CPIDasPesquisas que chegou ao topo dos trending topics.


A revolta é nítida da população contra os institutos de pesquisas. Após meses consumindo dados e sendo forçado por jornalistas, em conluio com essas entidades, a acreditar nelas, o povo foi dormir na noite desse domingo em revolta. A insatisfação é nítida em ambos os lados. Lulistas e bolsonaristas se sentiram ludibriados pelos resultados apresentados nas pesquisas que eram, supostamente, verídicas.


Por um lado, a esquerda se via animada com os resultados inflados do PT. O DataFolha cravou que Lula chegaria até a 52% dos votos, podendo ganhar em primeiro turno. A animação vinha também com a tomada de um reduto que o PT nunca conseguiu conquistar, São Paulo. O IPEC apontava na última pesquisa divulgada pela Rede Globo Haddad (PT) chegando a 43% e Tarcísio na mínima de 29%. Porém, o resultado das urnas foi de 42,3% para Tarcísio (12,7% a mais) e Haddad ficou apenas como 35,7% (7,3% a menos).



Outro caso icônico foi a corrida para o Senado do Paraná. O Instituto Paraná Pesquisas apontava o candidato apoiado por Jair Bolsonaro, Paulo Martins, em terceiro com apenas 18,3%. Porém, o resultado nas urnas foi de 29,12% para o candidato, que ficou em segundo lugar. E a pergunta que fica é: Se as pesquisas fossem mais fiéis à realidade, Paulo Martins poderia ter ficado à frente de Moro? Afinal, uma diferença de 10,88% é 5 vezes a margem de erro.



Adiante, outro "erro" do Datafolha para a principal eleição: Presidente da República. Enquanto o instituto apontava Lula com 52% dos votos, afirmava que Bolsonaro ficaria apenas com 34% (valores nas margens de erro máxima). Porém, mais uma vez, o candidato de esquerda foi superestimado, e o da direita subestimado. Lula ficou com 48,43%% (3,57% a menos) dos votos e Bolsonaro 43,20% (9,2% a mais). O percentual acrescido ao candidato do PT e o número significativo indo além da margem de erro que foi retirado do candidato do PL reforçam a tese de possível manipulação na apresentação dos dados.

Resumidamente, a revolta é justificável. Institutos de pesquisa devem esclarecimentos à sociedade. O povo deve sim cobrar que essas verdadeiras enquetes famosas e elas não podem passar impunes da indução de votos que fizeram. Estatística e ciência não têm lado. Estatística e ciência apresentam dados que ora agradam uns, ora agradam outros. Porém, é nítido que a esquerda foi superestimada por todos os institutos de pesquisas, e a direita foi subestimada. A indignação é correta e por isso as redes estão levantando a hashtag #CPIDasPesquisas que no momento de composição dessa matéria, ocupa o primeiro lugar nos Trending Topics das redes sociais.


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