Alexandre de Moraes, em crise de birra, manda Telegram ter representante no Brasil, ou ameaça bloquear o aplicativo de mensagens.
Alexandre de Moraes determinou ao Telegram estabelecer representante legal no Brasil. A ordem vem no contexto do embate da Big Tech com o Ministro do STF, que nos últimos meses aplicou multas e avançou sua sanha para o aplicativo análogo ao Whatsapp. Porém, a medida, pela sua complexidade e inviabilidade técnica pode apenas expor Moraes como alguém com bem menos poder do que aparenta.
A decisão de Moraes foi fruto da manifestação do escritório Campos Thomaz & Meirelles Advogados Associados que deixou de representar o aplicativo no Brasil. O Ministro do Supremo deu 24 horas, a partir da intimação, para que o Telegram apresente novo representante. Caso não cumpra, a plataforma corre risco de suspensão no Brasil por 48h e multa diária no valor de R$ 500 mil.
Porém, com a evolução rápida da tecnologia da informação, decisões como essa se provam extremamente complexas e praticamente inexequíveis. Nem em ditaduras mais experientes que a do Brasil, como na China, Rússia e até Coréia do Norte, esses aplicativos foram suspensos pelo Estado com êxito. A popularização do uso de VPNs como meio autêntico de manter a privacidade do usuário no uso da internet também torna praticamente vazia a decisão de Moraes.
Dessa forma, o Ministro do STF corre sério risco de ser visto como apenas um homem que acredita ter poder, mas de fato não o tem. E na ânsia de birra tenta punir seu adversário, não consegue e comprova mais ainda sua impotência.
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