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O Ocidente rejeitou a Rússia, e a China bancará Moscou.

Entenda como as sanções econômicas à Rússia não fazem mais do que jogar Moscou no colo da China.

Sanções econômicas só surtem efeito para dar satisfação aos cidadãos do Ocidente. Como no Oeste as democracias são mais fortes do que na Ásia, é preciso demonstrar aos eleitores que se está tomando medidas contra um inimigo. Nesse sentido as punições contra os russos encontram algum propósito. Porém, seu objetivo de enfraquecer Vladimir Putin não será atingido.


O principal erro da estratégia está em ignorar que Putin não precisa de apoio popular para manter-se no poder, tampouco foi pego de surpresa pelas sanções veementes. Desde governos até empresas tentaram isolar os russos. A mais recente e notável sanção foi a anunciada pelas redes de cartões Visa e Mastercard. Contudo, os chineses já anunciaram que podem cobrir os cartões dessas operadoras com a Unionpay, uma empresa chinesa que faz o mesmo e é a maior operadora mundial de cartões.


Esse erro custará caro à hegemonia dos EUA e do Ocidente, que já está em franco declínio. Jogar os russos "no colo" dos chineses é jogar uma imensa economia produtora de petróleo e gás para o maior rival do Oeste. E é por isso que Pequim se recusa a condenar o regime de Putin, o que garantirá acesso (com pouca concorrência) a essa economia e literalmente bancá-la, enquanto os países ocidentais ficam histéricos, com liderança fraca, mas não agem de forma efetiva para impedir a guerra e para derrubar Vladimir Putin.


Novamente, o erro dos países livres é, na sua liberdade, caírem em conversas de minorias, e consequentemente, silenciar em nome da "democracia" a maioria. Isso gerou lideranças fracas e divisões internas que não permitem mais os países se unirem internamente em torno dos seus objetivos nacionais. Esse trunfo dos regimes autocráticos é a maior vitória sobre as democracias das minorias.

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