top of page

O front na Ucrânia: Fracasso na contraofensiva e o fim do Grupo Wagner instalam impasse.

Ambos os lados experimentaram vitórias e derrotas, e atualmente há um cenário indicando que o conflito deverá se prolongar mais.

Rússia e Ucrânia enfrentam um momento de impasse no conflito. Após oportunidades perdidas de ambas as partes, ao que tudo indica, a guerra perdurará ainda por um bom tempo. E as análises que constatam isso vêm tanto de especialistas geopolíticos russos como ucranianos e ocidentais. A verdade é que a guerra é o símbolo da disputa global hoje pela Nova Ordem Mundial que vem se instalando.


As oportunidades perdidas no conflito por Rússia e Ucrânia demonstram como o impasse se instalou. Primeiro, no início do conflito, a opção estratégica errônea dos russos em abrir dois fronts teve seu preço. A não capitulação de Kiev gerou o reforço da ideia de possibilidade de resistência da nação ucraniana, e isso fomentou a resistência que impediu os russos de conquistarem Odessa e estarem ainda hoje na disputa por Kherson. E com os equipamentos enviados pela OTAN ao governo de Zelensky, o jogo ficou menos desequilibrado, o que impediu que a Rússia obtivesse a vitória total.


Por outro lado, a Ucrânia se vê hoje comprimida entre dois grandes rolos compressores. De um lado há a OTAN fomentando o país para continuar em uma luta desigual, na qual a aliança não quer se envolver além do envio de armas e suporte logístico. Do outro lado há seu inimigo, que é maior, mais forte e ainda não usou todo seu potencial militar por opção estratégica. Além disso, o motim e queda do Grupo Wagner com a morte do líder Yevgeny Prigozhin, trouxe oportunidades para a aclamada contraofensiva de verão dos ucranianos que deveria retomar boa parte dos territórios perdidos, mas segundo a Vice-Ministra de Defesa ucraniana, Hanna Maliar, retomou apenas 300 km² de área (área equivalente a um bairro de uma cidade).


Já a OTAN, no momento, indica que não irá parar de enviar equipamentos aos ucranianos. Sob a desculpa de ajudar o esforço de guerra, a aliança ocidental utiliza a estratégia de guerra por procuração para enfrentar os russos, e sem precisar perder combatentes. Assim, o moedor de carne da guerra vem obrigando aos ucranianos já considerarem convocar obrigatoriamente mulheres. O chefe da inteligência ucraniana, Kirill Budanov, afirmou em entrevista a The Economist:

Enquanto a Ucrânia receber armas ocidentais, não será derrotada pela Rússia – mas nenhum dos lados será capaz de alcançar uma vitória total. (Kirill Budanov - Chefe da Inteligência ucraniana).

Portanto, agora há o momento da dúvida do que ocorrerá daqui por diante. Prever o futuro é tarefa de profissões como cartomantes, adivinhadores, apostadores de azar. Mas observando o cenário do conflito até aqui, é seguro afirmar que será necessário um evento mais dramático do que a tentativa de motim do Grupo Wagner, para alterar a balança desse conflito entre Rússia e Ucrânia (OTAN).


Siga as redes sociais do Sociedade Inteligente para sempre saber quando sair um novo artigo: Facebook, Instagram ou Twitter.

Commentaires


bottom of page