Após denúncias sobre favorecimento da campanha de Lula em rádios de todo o país, o escândalo já atinge o TSE, servidores do Tribunal e rádios em todo o país.
Mensalão, petrolão e agora o Radiolão. O PT, mesmo não eleito, já é alvo de um escândalo de corrupção e fraude. O caso envolve uma deliberada omissão de conteúdos de campanha do Jair Bolsonaro em rádios de todas as regiões do Brasil que favoreceram deliberadamente o candidato petista, Lula. Entenda nesse apanhado geral.
As inserções de rádio de campanhas eleitorais são peças propagandísticas de áudio. Essas são feitas para os candidatos apresentarem para que emissoras de rádios veiculem de acordo com as normas estabelecidas pelo TSE. E, nesse contexto, ao longo do 2º turno, as duas candidaturas que se enfrentam deveriam possuir tempo igual em rádio e TV.
O ponto é que os dados que embasaram as denúncias anunciadas por Fábio Faria e Fábio Wajngarten, os quais ofereceram horas e horas de áudios veiculados por campanhas, e checados por duas auditorias, indicam um forte prejuízo em tempo de rádio em várias emissoras.
Avaliações de jornalistas investigativos já apontam que de fato houve um prejuízo de milhares de conteúdos. Mas um evento crucial aconteceu no dia de hoje. O servidor responsável do TSE pela coordenação da distribuição das propagandas de campanhas em mídias foi exonerado do cargo nessa manhã. Exatamente no dia seguinte do escândalo do Radiolão ser exposto.
Alexandre Gomes Machado foi exonerado do seu cargo no TSE, e se identificou como Coordenador do Pool de Emissoras do TSE junto à Polícia Federal. Essa identificação se deu após Gomes Machado seguir diretamente do TSE à Polícia Federal para registrar uma declaração que aponta:
Que acredita que a razão da sua exoneração seja pelo fato de que desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções de propaganda eleitoral gratuita; Que a fiscalização seria necessária para o fim de saber se as propagandas de fato estariam sendo veiculadas; Que especificamente na data de hoje, o declarante, na condição de Coordenador do Pool de Emissores do TSE, recebeu um e-mail emitido pela emissora de rádio JM On Line, no qual a rádio admitiu que dos dias 07 a 10 de outubro havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil, referente ao candidato JAIR BOLSONARO.
Além da denúncia feita pelo servidor e a omissão do TSE em investigar, já que os fatos foram apontados desde 2018, Alexandre apontou que teme por sua integridade física, além de alegar ser vítima de abuso de autoridade e ser usado como bode expiatório no escândalo do Radiolão.
Os dados expostos foram entregues pela coligação "Pelo bem do Brasil" na noite de ontem após o Presidente do TSE, Alexandre de Moraes, exigir provas "sérias" em 24h, e ainda ameaçar a campanha de Jair Bolsonaro de inquérito por crime eleitoral, mesmo sem nem ter se interessado em acatar as acusações. Os eventos estão ainda em andamento e o Sociedade Inteligente continuará abordando o caso.
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