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O caso das maletas espiãs em Brasília

Terça Livre estava certo ao apontar possibilidade de espionagem na Esplanada dos Ministérios. Confira!



Espionagens, tramas, traições, conspirações políticas, assassinatos. Parece um roteiro de filmes cinematográficos. Mas tudo isso está acontecendo em Brasília. A capital federal é palco de mais um episódio polêmico envolvendo o atual governo. Contudo, dessa vez o roteiro não foi surpreendente, ao menos não para quem acompanha o jornalista Allan dos Santos, e a plataforma de notícias Terça Livre. Ano passado, Allan denunciou uma trama de espionagem que tem como alvo o governo de Jair Bolsonaro. Na época, o jornalista foi satirizado, desacreditado por grandes canais de televisão como um "blogueiro conspiracionista". Contudo, parece que a teoria da conspiração encontrou a realidade afinal.


Espionagem é algo que acontece. Se você pensa que sua privacidade é respeitada por governos e por autoridades, vive em um mundo fora da realidade. Ainda mais na era digital, na qual equipamentos eletrônicos foram incorporados no cotidiano, você inevitavelmente tem alguma câmera apontada para si, mesmo agora enquanto lê. A câmera do seu notebook, ou do seu celular pode estar transmitindo sem que você saiba. Mas quando há uma espionagem de uma autoridade pública, aí a conotação passa a ser mais séria, pois governos trabalham com muitas informações e proferem muitas frases confidenciais, que se reveladas, podem causar problemas sérios a um país.


No caso em tela, o jornalista Allan dos Santos (Terça Livre) noticiou, há 8 meses, a existência de maletas espiãs em Brasília. Essa notícia foi coberta por vários canais de televisão e mídias digitais. A maioria buscou satirizar e até desmentir o jornalista, dando conta de que Allan apenas apresentou documentos sem comprovação de veracidade ou testemunhas que corroborassem o que fora apresentado. O caso caiu no esquecimento e Allan continuou seus trabalhos de forma remota, após se mudar para os Estados Unidos. Mas então, tudo mudou neste domingo, dia 25.


A Revista Veja noticiou uma emissão de alerta de inteligência por parte dos órgãos competentes do Executivo Federal, indicando a existência de malas de grampo que estariam espionando conversas de Ministros de Estado, do próprio Presidente Bolsonaro e outros membros do Governo. Segundo a notícia, os órgãos de inteligência identificaram sinais de três maletas que simulam torres de celular, capturam as transmissões e acessam as conversas sigilosas, exatamente o que Allan dos Santos havia denunciado em meados de 2020. Mas, quem estaria ligado a essa espionagem?


Quando realizou a denúncia, o jornalista informou que as malas estariam localizadas, uma na embaixada da Coréia do Norte, outra na embaixada da China e uma terceira na casa do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay. Allan continuou denunciando, tomando por base a descoberta dessas maletas (uma solicitação de varredura do TSE que, ao descobrir, ficou silente para com os órgãos federais e não informou ninguém), e concluiu a existência de um complô de pelo menos dois Ministros do STF (Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso, Presidente também do TSE), o ex-Presidente da Câmara dos Deputados (Rodrigo Maia - DEM/RJ), e o Presidente do Senado Federal (Davi Alcolumbre - DEM/AP).


Assim, 8 meses após ser chamado de "lunático", Allan dos Santos fez o que todo bom conservador faz, esperou a verdade vencer. A despeito dos grandes canais de mídia o terem ignorado, achincalhado, desmentido, ele continuou firme nas suas afirmações que, sem ele precisar novamente trazer o assunto a tona, se comprovaram verdade. Agora cabe averiguar os envolvimentos dos políticos e ministros do STF que foram citados na denúncia, além do reforço nas ações de contra-inteligência para sanar esses grampos em Brasília. Contudo, o que fica de toda a notícia é a precisão que um "blogueiro" teve ante a grandes conglomerados midiáticos. E para os que acreditam em meras coincidências, ontem o perfil do Terça Livre no Instagram foi derrubado pela plataforma do Facebook.

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