A consolidação das propostas de Bukele contra corrupção e a consolidação dele como o Presidente mais popular da história do país.
Após enfrentar o establishment entre ARENA e FMLN (para entender melhor leia o primeiro artigo postado ontem), Nayib Bukele se consolidou como o novo líder de El Salvador. A última etapa era a remoção dos juízes comprometidos da Corte Suprema do país. Com esse sucesso, novos foram escolhidos pelo Legislativo salvadorenho e o país continuou sua guerra contra gangues criminosas que assolaram o país por décadas. Nesse ensejo, Bukele começou a aparelhar as forças policiais do país e começou a prender os membros de gangues pelo país.
A vitória do Presidente no jogo político o concedeu ampla margem de manobra para atuação. Com isso, sua política de combate duro à criminalidade o colocou com uma popularidade acima de 90%, segundo o Instituto Gallup. E, com essa popularidade, com os opositores políticos vencidos, com a Corte corrupta removida, Bukele se concentrou nos problemas mais práticos. Criou um ótimo ambiente para negócios no país, investiu pesado em infraestrutura e limitou o Estado ao combate às gangues e o fornecimento de serviços públicos como saúde e educação.
Na área de segurança, como as cadeias locais não tinham capacidade de suportar tamanho número de presos das gangues, o Presidente resolveu construir um complexo prisional com capacidade para mais de 40 mil presos. Polêmico e com a reclamação de diversos órgãos de direitos humanos internacionais, o complexo foi inaugurado com a transferência de 2 mil presos. Bukele afirmou sobre a rejeição do CIDH (Comissão Interamericano de Direitos Humanos): "... nós faremos o que é melhor para o nosso povo, a despeito do que esses organismos internacionais falem".
Sobre as acusações de violações de direitos humanos, é importante salientar que a oposição, na qual se uniram ARENA e FMLN, seus agentes políticos continuam com seus mandatos e atuando de forma plena. Além disso, houve manifestações contrárias e significativas contra Nayib Bukele no país, as quais não foram reprimidas nem perseguidas posteriormente.
Porém um fato interessante aconteceu no país. Quando das investigações de envolvimentos dos partidos políticos outrora no poder (Arena e FMLN) com as gangues do país, e com o narcotráfico, os deputados da oposição à Bukele cortaram o áudio de jornalistas que cobriam uma seção investigativa. A censura ocorreu no momento em que o Ministro da Justiça do país, Osiris Luna Meza, traria uma fala e evidências sobre a ligação de políticos com as gangues e com o tráfico internacional de drogas. Bukele, por sua vez, ironizou o ocorrido no Twitter.
Si no dejar entrar a 2 periodistas a una conferencia desató críticas, reportajes, comunicados, posturas de gremiales, partidos políticos, medios de comunicación y demandas ante la SIP y la @CIDH, imagino que sacar a TODOS LOS PERIODISTAS así, traerá muchas más condenas. ¿O no?
Se não deixar 2 jornalistas em uma coletiva desencadeou críticas, reportagens, declarações, posicionamentos de sindicatos, partidos políticos, mídia e ações judiciais perante a SIP e o @CIDH, imagino que retirar TODOS JORNALISTAS assim trará muito mais condenações. Ou não?
Atualmente El Salvador vive uma era de ouro de segurança e prosperidade. O país segue com uma economia sólida e mirando a tecnologia descentralizada, o que impede que o Estado tome ações de asfixiamento financeiro arbitrárias. Bukele adotou oficialmente o bitcoin como moeda do país. Isso trouxe um influxo de capitais considerável e viabilizou várias melhorias no país, além de atrair muitas fintechs e empresas de tecnologia. O povo salvadorenho apoia fortemente o atual Presidente que, ironicamente, se intitulou o "ditador" mais legal do mundo. A influência do líder tem se espalhado na América Central, com as populações de países vizinhos apoiando suas práticas. Tudo isso, porque Bukele foi corajoso para ir contra um sistema corrupto, e não retrocedeu. Recentemente, o Chefe do Executivo anunciou que concorrerá a reeleição.
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