Após convocar manifestação contra o PT e por receio dos avanços autoritários da esquerda e do Judiciário, o movimento havia convocado manifestação para o dia 04.
Após tentar mobilizar a direita em manifestações contra os avanços autoritários da esquerda e do Judiciário brasileiro, que fez sua mais recente vítima Deltan Dallagnol, o Movimento Brasil Livre (MBL) decidiu cancelar a manifestação. Há um histórico que leva ao fracasso retumbante do grupo liderado por Arthur do Val, Kim Kataguiri e Renan Santos.
Primeiro, é nítido que o movimento é bem mais brando com o PT em suas críticas e do que com Bolsonaro. Durante os 4 anos do ex-presidente, o MBL não perdia uma oportunidade para levantar suspeita ou criticar forte o mandatário. Um exemplo foi quando Bolsonaro decidiu realizar um churrasco no Alvorada, e o grupo entrou na Justiça para barrar o evento. Já semana passada, quando Lula marcou um churrasco com autoridades como Alexandre de Moraes e outros representantes do Judiciário, o MBL ficou silente.
Outro ponto que o movimento também é fortemente criticado é a campanha pelo voto nulo realizada em 2022. Era visível a disputa acirrada entre Lula e Bolsonaro. Afastando a polêmica sobre as urnas eletrônicas do debate, a diferença de votos entre os dois candidatos foi pequena o suficiente para se dizer que a campanha por voto nulo colaborou crucialmente para a vitória do PT e de Lula. Ou seja, o PT está no poder graças ao Movimento Brasil Livre.
Com apenas esse pequeno e breve histórico é possível entender o porquê a direita não aderiu à manifestação do MBL. Nem mesmo os que disseram que participariam do evento do dia 04, como Marcel Van Hatten, Deltan Dallagnol e outros, abriram mão de permanecerem ao lado de Bolsonaro para seguir a uma manifestação daqueles que traíram a confiança do principal líder da direita. O futuro do MBL, caso não haja uma séria autocrítica e reflexão, será o ostracismo político.
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