A postura diplomática do Brasil sob a gestão de Lula, inclusive com suas falas diretas, está colocando o Brasil em uma situação complicada e distante do Oeste.
O Brasil é um país ocidental. A esquerda semeou na academia que não é assim. Há no ideário do acadêmico mediano brasileiro (aquela juventude que usa camisa colorida e ao mesmo tempo empunha bandeira da Palestina e do Hamas) a imagem de que o Brasil não é um país pertencente ao Ocidente. Isso foi implantado por mestres e doutores que usaram da dialética marxista para construir conceitos abstratos e pouco efetivos como "O Sul global", "Cooperação Sul-Sul", ou o insosso BRICS. Contudo, uma rápida busca na história e na tradição brasileira desmontam tal constructo.
O Brasil é ocidental, pois semeia em seus princípios políticos (a despeito do recente assalto realizado pelos órgãos judiciários aparelhados por juízes ativistas de esquerda) conceitos como a liberdade de expressão, de imprensa, de manifestação e de culto. Além disso, o país busca oferecer ao seus cidadãos (mesmo que em tese apenas) qualidade de vida de através de um sistema burocrático muito baseado na gênese da atual política ocidental (os sistemas gregos e romanos). Por fim, o Brasil juridicamente se inspira também no modelo de romano, colocando o país alinhado com a maioria de países europeus e norte-americanos.
O Brasil é um país ocidental, pois tem uma cultura bem típica desses países. Primeiramente a língua portuguesa, herdada de Portugal (outro país ocidental), tem sua origem no latim romano. Por outro lado, o Brasil foi fundado religiosamente e preponderantemente sob uma cultura cristã (sejam os tradicionais católicos, sejam os crescentes protestantes). Além disso, a música brasileira (em seus diversos tipos) traz letras e ritmos muito semelhantes aos pares ocidentais. Por fim, a liberdade no Brasil permite o surgimento de manifestações culturais polêmicas e até mesmo infames, mas de forma aberta.
O Brasil é um país ocidental pelo seu histórico de alinhamento com os pólos do nosso hemisfério. Após a independência brasileira, o país fez sua política sempre baseada no respeito ao Direito Internacional (que no séc. XIX basicamente se resumia em acordos entre nações), no respeito à soberania brasileira e de seus aliados, além da construção de um país sempre próximo do Cristianismo em todos os níveis (o que é comum na maioria de países ocidentais). Na II Guerra Mundial, o Brasil se manteve ao lado dos EUA e seus aliados, bem como no período da Guerra Fria. Mesmo com as ameaças, em ambos os casos, da esquerda em tentar colocar o país fora da órbita dos Estados Unidos para levá-lo a uma outra órbita afeta à esquerda: Nazistas na 2ª GM e/ou soviéticos na Guerra Fria.
Com toda essa contextualização, o que se observa que o atual Presidente Lula está fazendo, é exatamente a mesma estratégia dos nazistas e soviéticos do séc. XX: tirar o Brasil de um círculo virtuoso de aliados, e arrastá-lo (com todos seus valiosos recursos naturais, minerais, com sua água e suas especialidades) para o lado de lá. Isso é terrível, pois como demonstrado, não o país não é apenas politicamente alinhado com o Ocidente. Há um necessário choque para mudar a cultura nacional, extirpar a religiosidade cristã e alterar ou recontar a narrativa histórica de uma forma que favoreça às pessoas a não encontrarem mais a identificação originária ocidental brasileira.
Mas não apenas todo o prejuízo cultural e histórico. O Brasil possui contatos, parceiros e alianças em diversos níveis com entidades, empresas, até pessoas do Ocidente. Exemplo mais nítido e recente, é o prejuízo enorme que o atual governo pode causar na eventualidade de um rompimento com Israel. Uma das principais áreas de parceria com o país é em Defesa. Tecnologias de aviônica, monitoramento, equipamentos, sensoriamento remoto, são apenas algumas áreas que serão afetadas, caso o país insista, erroneamente em uma crítica insana a um lado de um conflito que nem nos diz respeito, mas é cobrado por aliados autoritários orientais que exigem lealdade absoluta e inquestionável, como o Irã, Síria e outros países árabes.
Com todas essas considerações, o atual governo deveria rever sua trajetória geopolítica traidora e conflituosa com o Ocidente, e parar de se aproximar para além de interesses econômicos com países árabes. Como dito, a maioria da população brasileira é cristã, e a postura dos muçulmanos com os cristãos é conhecida de todos. Além disso, os princípios políticos como liberdade de expressão, de manifestação, não são compatíveis com o que visam nações como Rússia e China. Mas, infelizmente o que a esquerda sempre quis é isso: controle e autoridade. Assim eles podem dizer o que é "democracia" e punir quem se manifestar contrariamente ou questionar. Talvez o plano do PT seja tornar o Brasil de fato um país com a melhor tradição oriental: autoritário, intolerante religiosamente e sem liberdades.
Comments