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Lula erra na estratégia geopolítica e a população pagará o preço.

Escolhas para atender caprichos de potências mundiais e tentar evitar interferência em seu governo levaram Lula a um beco sem saída no comércio exterior.

Nos primeiros meses de seu governo, Lula demonstrou-se alinhado fortemente com os países da frágil aliança do BRICS. China com economia patinando, Rússia envolvida em uma guerra que não consegue encerrar, mesmo após conseguir os territórios desejados, Índia com problemas com a China e sem uma posição clara no grupo, e o Brasil agora vê que talvez tenha optado por uma estratégia errada do ponto de vista geopolítico. Não apenas pelo BRICS, mas pelo próprio posicionamento do governo Lula internamente. Esse erro custará caro, e o povo é quem pagará a conta.


Mas o que aconteceu afinal? Lula assumiu o governo com questões políticas internas sérias para resolver, com um dono a quem devia responder (vide quem interveio para que Lula efetivamente assumisse o cargo, depois de todo processo eleitoral parcial) e sem forte apoio político, como observou nos dois primeiros mandatos a frente do Brasil. Externamente, o cenário dividido, aliado à guerra na Europa e às falhas econômicas das duas principais potências. Tudo isso colaborou para um cenário no qual o país teria, ou uma grande oportunidade, ou um grande problema. Pelo que se observa nos indícios de fatores, Lula escolheu um grande problema.


A posição geopolítica do atual governo, ao se aproximar do BRICS, se colocando obediente a Pequim e a Moscou, trouxe certas dependências. Primeiro, a dependência econômica na balança comercial dos chineses. Em um comércio mundial diversificado e com muitas oportunidades de negócios surgindo, Lula se aproximou da China, e buscou também aproximação com russos. Porém, a economia chinesa está dando sinais de fraqueza e também se vê enfraquecida por um governo comunista e altamente expansionista monetariamente.


Além dos chineses, no caso dos russos, o governo brasileiro passou a adotar a estratégia de aproximação e tentar tirar proveito da situação fragilizada da Rússia. Negociou a compra de diesel do país, buscando a vantagem de um combustível mais barato. A princípio, com as sanções sofridas por Moscou, a medida pode parecer sensata, mas as aparências nesse caso enganam bastante. O esforço de guerra tem um custo energético. Com isso, a Rússia (vendo que a Ucrânia está sendo inflada com equipamentos da OTAN) viu-se necessitada de aumentar seu gasto energético para continuar com seus objetivos, o que nos traz às restrições de exportação de diesel para o Brasil. A despeito da condicionante se essa restrição será implantada de fato, isso já gera consequências, e Lula busca alternativa junto ao diesel dos EUA, negociado a preço internacional, o que trará aumento inevitável do combustível.


Para completar, o Brasil insiste em não investir no refino do petróleo para parar de depender da compra de combustível no mercado internacional. O que levará à inevitável dependência brasileira da venda do nosso petróleo bruto e a compra dos seus derivados mais caros (gasolina, diesel, etc.). E, completando a tragédia, os investimentos externos diretos (capital externo que ingressa na economia real) caíram 41% (apenas em julho). Uma economia com pouca poupança interna, sem grandes reservas, acaba dependendo de capital estrangeiro para gerar empregos e renda de fato, o que está em queda no Brasil.


Portanto, a péssima escolha estratégica de Lula cobrará seu preço da população. A alta de impostos também entra na conta feita até aqui, pois impulsiona a alta do dólar. Além disso, o contexto externo descrito, demonstra a preparação para uma tempestade futura do Brasil. Uma economia que definhará por dependência externa, alta do dólar e alta dos combustíveis. Se a escolha será cobrada do atual Presidente, a mídia provavelmente fingirá que nada aconteceu. Mas por isso que é importante acompanhar sites alternativos que reportam fatos que não são trazidos à tona pelos jornalistas.


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