Em medida similar ao fim do teto de gastos brasileiro, governo americano visa não ficar inadimplente pela primeira vez em sua história.
Descontrole fiscal é algo que brasileiros conhecem muito bem. O governo gasta demais, gasta mal, precisa imprimir moeda e a desvalorização dessa torna a situação insustentável. Ao invés de pagar a conta, acontece o conhecido "rolamento da dívida", que é o pagamento dos juros para apenas poder continuar endividado, mas com crédito. A situação dos Estados Unidos é basicamente essa. Mas chegou-se em janeiro último no ponto de inflexão e uma medida era necessária.
A dívida dos EUA hoje já ultrapassou o seu teto de 31,4 trilhões de dólares. Essa situação criou a insolvência do governo de Washington e o Tesouro americano precisou suspender o acesso a fundos e a recursos de crédito do governo. Essa medida foi uma espécie de "botão de emergência" para evitar que a dívida aumentasse a ponto de um calote. Dessa forma, o governo precisou estabelecer regras para acessar novamente linhas de crédito.
Nesse contexto os EUA precisaram aplicar contrapartidas de contenção de gastos: Venda dos investimentos governamentais existentes e a suspensão dos reinvestimentos da Caixa de Reforma e Invalidez da Função Pública e da Caixa de Saúde dos Reformados dos Correios. Com essa contrapartida que aliviará as contas públicas, o Tesouro deverá liberar bilhões de dólares para atrasar a possível inadimplência através da criação de papéis da dívida americana.
A medida não é suficiente para eliminar o fantasma do calote de Washington. Quando o Tesouro emite títulos da dívida está nada mais do que imprimindo moeda para poder pagar o compromisso gerado. Assim, o resultado inevitável é inflação. Com uma tendência de desvalorização da moeda, a dívida cresce, não em valor, mas pela desvalorização da moeda. Dessa forma, o americano terá mais inflação, mais juros elevados e mais pobreza.
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