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Globalismo: O desejo do totalitarismo máximo.

O que é globalismo? Como esse conceito evoluiu ao longo das últimas décadas? Essas e outras perguntas serão respondidas na mais nova série de artigos do Sociedade Inteligente.


Uma das palavras da moda é o termo "globalismo". O termo é associado mais ao pensamento de direita do que à esquerda. E isso ocorre porque, como será evidenciado a diante, a esquerda é cúmplice dos planos de dominação global da humanidade. Mas além disso, o termo é visto na esquerda como algo conspiratório e não condizente com a realidade. Até mesmo nas cátedras de Relações Internacionais a criação de uma autoridade global é vista como algo inviável politicamente, principalmente por visões mais positivistas como o Realismo e o Liberalismo que enxergam o campo internacional como caótico por natureza.


Mas qual a relação de tudo isso? O objetivo desta nova série de artigos do Sociedade Inteligente é justamente trazer à luz o conceito e abordar de forma mais distanciada da política local, além de observar atores que muitas vezes ficam por trás das cortinas políticas. E de fato, como será visto na próxima série de textos, há uma elite que busca transcender as barreiras impostas pelas populações locais para alcançar seus objetivos: desde um pedaço de terra mais ameno e seguro, até recursos valiosíssimos e cobiçados.


E aqui é preciso esclarecer algo fundamental: a nacionalidade e os países talvez não deixarão de existir com uma nova governança global. Contudo, a autoridade estatal e a autonomia das populações de decidirem seus próprios destinos e suas regras sociais serão fortemente atacados em prol dos interesses dessas elites que hoje não estão mais concentradas em países desenvolvidos.


Seja a civilização ocidental progressista guiada por EUA e Europa, com Américas, Oceania, Israel e Japão guiados por aqueles primeiros, seja o bloco eurasiano liderado por Rússia e China, com os países árabes, africanos, e o sudeste asiático seguindo esse lado, ambos servem aos mesmos interesses no fim. E esse é principal objetivo desta série de artigos: descortinar a realidade e mostrar os atores por trás dos atuais governos autoritários que se instalaram mundo afora.


Pena (2019)¹ cita o principal objetivo do globalismo, ao mencionar o ilustre filósofo brasileiro Olavo de Carvalho:


Olavo define globalismo como: “o processo mais vasto e ambicioso de todos. Abrange a mutação radical não só das estruturas de poder, mas da sociedade, da educação, da moral, e até das reações mais íntimas da alma humana.” (CARVALHO, 2009). Ou seja, o fator globalização como um meio de controle mundial a fim de implementar uma nova ordem administrativa mundial.

Mas porque foi exibida a fala de Pena (2019) e não diretamente a de Carvalho (2009)²? Para exibir um outro fator importante. A sensibilidade e a visão geopolítica do processo globalista em curso são características da direita. Isso devido à falta de meios para agir dentro do sistema vigente (completamente aparelhado pela esquerda), e também devido ser considerada uma visão heterodoxa das Relações Internacionais. Essa realidade fica evidenciada em duas falas de Pena (2019).


Este trabalho se debruça sobre a utilização do termo globalismo enquanto slogan político da nova extrema direita brasileira e do governo de Jair Bolsonaro.

Desta forma, a incidência do globalismo surge como uma negação da globalização, sendo globalismo um termo cunhado para denominar a globalização por um viés negativo, a globalização não como uma aproximação e troca entre diversas nações, mas como um apagamento das fronteiras culturais e econômicas de cada país, um distanciamento fatal do Estado-Nação.

Pena (2019) primeiro acredita que o conceito de globalismo é mero slogan político usado na política externa pelo então Ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo. E também confunde os termos globalização com globalismo, ao afirmar que o termo é usado para denominar a globalização por um viés negativo. E nesse sentido é preciso diferenciar o processo de globalização e globalismo, como será feito também nos próximos textos desta série do Sociedade Inteligente.


Contudo, apesar de toda essa contextualização teórica, os fatos observados indicam que organismos internacionais buscam exercer cada vez maior controle interno nos países, seja agindo em prol de seus próprios interesses, ou de outrem. Exemplos não faltam: a ONU e outros organismos internacionais desejando interferir nas políticas internas dos países (vide exemplo da pandemia de COVID-19, entre outras ocasiões), e outras entidades internacionais como o TPI ditando regras de engajamento em combate, etc.


Dessa forma, para enxergar por toda essa névoa que paira em torno do termo globalismo, o Sociedade Inteligente trará toda essa série de textos para sua leitura e melhor embasamento nas discussões que enfrentar no futuro. Não perca os próximos artigos!


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Referências:

PENA, Lara Pontes Juvencio. “Globalismo”: o discurso em política internacional sob a ideologia da nova extrema direita brasileira. Fronteira: revista de iniciação científica em Relações Internacionais, v. 18, n. 36, p. 371-386, 2019.


CARVALHO, Olavo de. A Revolução Globalista. Digesto Econômico, 2009.

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