Microsoft, Alphabet, Meta, X, grandes montadoras de veículos, produtores de tecnologia. Entenda como essas empresas estão acima dos países.
Após ver como a integração financeira entre EUA e China se desenrolaram nos últimos anos, agora mais um passo será demonstrado na integração de nações e diminuição das autoridades nacionais. Nesse sentido, um ponto fundamental foi, nas últimas décadas, a criação das cadeias globais de valor. Para entender melhor esse conceito, leia o texto do Sociedade Inteligente: Bem-vindos à Nova Ordem Mundial: Economia Global III - Cadeias Globais de Valor.
Esse artifício de produção gerou a necessidade de produção global de grandes corporações. Com isso, o primeiro resultado natural foi que as empresas transnacionais buscaram locais nos quais os meios de produção fossem mais baratos. E, ironicamente, o melhor local no qual os grandes capitalistas encontraram as melhores condições de explorar o trabalhador foi a China comunista. Assim, várias indústrias do Ocidente migraram para o território chinês com seu aparato produtivo.
Várias montadoras como GM, Stellantis, etc. transferiram as principais fases das suas cadeias produtivas para o Oriente, com a finalidade de obterem maiores lucros, ou manterem as margens atuais. Nesse sentido, o que houve foi uma desindustrialização ocidental e uma industrialização chinesa. Assim, a China, nas últimas 2 décadas, tornou-se o país de maior crescimento econômico, baseando-se na internacionalização da produção, e se equiparando industrialmente aos EUA.
Por outro lado, os EUA continuam a manter o nível tecnológico à frente. Detenção de propriedades intelectuais e retenção de produções mais tecnologicamente avançadas ainda se concentram em território americano. Mas a questão é que a China já alcançou um nível de acúmulo de capital que está agora desenvolvendo suas próprias tecnologias. E essa disputa, esse mundo dual é favorável para grandes corporações que usufruem disso para se consolidarem acima de nações.
As empresas que atuam dessa forma, na maioria são rotuladas como metacapitalistas, ou seja, estão além do capitalismo de mercado. Alcançaram um nível além das nações e possuem um tamanho tão grande de ativos ou de produção que não se submetem mais, necessariamente, às leis e regras, ou forçam nações para mudarem as leis em seu próprio benefício. E, em mais uma ironia (ou não), as ideias comunistas são as mais propensas para consolidação do metacapitalismo.
Sobre o metacapitalismo, o próximo texto da série sobre o globalismo trará melhor o conceito. Continue acompanhando e compartilhe para que mais pessoas tenham suas mentes desafiadas.
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