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Fascismo/Nazismo e Comunismo: Entenda de uma vez por todas.

Revisitamos o tema que já foi abordado aqui no Sociedade Inteligente. Existem mesmo essas ameaças?

Aqui no Sociedade Inteligente, já se abordou sobre as duas ideologias mais sanguinárias e infames da História humana no texto: O que é Fascismo? O que é Comunismo? Quem está mais perto desses regimes? Decidimos revisitar o tema, em virtude de novos debates e a insistência no uso impróprio de ambos os termos. Além disso, contribuir para o debate público, e mostrar a definitiva versão do que são ambos de acordo com suas características testemunhadas ao longo da História, e para onde vão essas ideologias.


I. Comunismo - Utopia que gera ditaduras justificadas para atingir a "justiça social".

O Comunismo nunca existiu na prática. Sim, essa afirmativa é verdadeira. Há um processo para se atingir um Estado comunista, e esse processo é o socialismo, na visão clássica de Marx. No Comunismo, atingir-se-ia uma evolução humana em tal nível, na qual as regras coletivas seriam respeitadas de forma tão automática por uma população doutrinada, igual entre todos e educada, e o Estado não seria mais necessário, a autoridade estatal moderna como conhecemos seria extinguida.


Contudo, há o socialismo que precede essa etapa. Nesse, a ideia é o confronto de classes sociais (burgueses e proletários). Essa luta geraria inevitavelmente um Estado totalitário. A ditadura do proletariado seria fundamental para igualar as forças do sistema contra os burgueses detentores do capital. Assim, o Estado instaurado se apropriaria das empresas, e esse seria o único empreendedor para estabelecer de forma igualitária os ganhos financeiros a todos. Com isso, as desigualdades seriam amenizadas aos poucos até que todos cidadãos tivessem iguais condições socioeconômicas, com o Estado fornecendo os serviços necessários para as pessoas.


A ideia parece boa, contudo há um ponto que o Socialismo não responde: Que pessoa abriria mão de poder voluntariamente? Ora, alcançar o Comunismo é, em última análise, o Estado abrir mão do seu poder de monopólio da força, e a força em si deixar de existir. Além disso, não foi possível criar igualdade entre todos, pois no Socialismo existia a classe trabalhadora comum, os comitês locais e a classe burocrática do Estado. Assista o excelente documentário da HBO sobre Chernobyl e você verá essa realidade.


Observando antecipadamente o fracasso da URSS, escolas de esquerda como a alemã e italiana se anteciparam ao delinear uma nova estratégia: A subversão. Ao invés do confronto direto realizado pelos bolcheviques, a revolução socialista precisava ser silenciosa e contaminar as estruturas capitalistas de dentro para fora. Nesse sentido, os textos de Antonio Gramsci em seus "Quaderni del Carcere" fizeram o papel de uma espécie de novo Manifesto Comunista.


Assim, a esquerda se calou politicamente e fez o trabalho de base. Conquistou mentes acadêmicas, artísticas, culturais, midiáticas e começou o processo de subversão da hegemonia de dentro para fora. Com filmes, trabalhos acadêmicos, obras culturais, musicais, entre outras armas, a ideia inalcançável de igualdade social foi passada com uma embalagem bem mais agradável e passou a ser aceita. Contudo, há setores mais resistentes ao discurso esquerdista, como religiosos, militares, e empresários não oligopolistas.


Já empresários que desejam que suas empresas dominem por completo seus respectivos mercados, se aliaram aos movimentos apoiados por essa nova esquerda. Afinal, a aliança fornece recursos financeiros aos movimentos esquerdistas, e esses movimentos apoiam e promovem leis, diretrizes e usam instituições dominadas para manter a desigualdade de concorrência entre essas empresas e as demais.


Assim, chegamos nos dias atuais, no qual grandes empresários se tornaram aliados de uma revolução socialista silenciosa. Grandes corporações capitalistas usam a mídia, propagandas, jornais que estão na sua lista de pagamentos e as massas que acham que lutam por igualdade. Mal sabem que na verdade lutam para manter as desigualdades e ampliá-las em favor do monopólio de mercado, lucro de grandes corporações, que independem do lado político escolhido, pois eliminam um-a-um seus concorrentes através dessas forças políticas.


II. Fascismo/Nazismo: Uma ideologia nacional em prol de um Estado-Moderno

Uma característica do socialismo foi deixada para ser abordada aqui, propositalmente para compreensão melhor de outro movimento autoritário: O Nacional-Socialismo. O Socialismo é a primeira ideologia que compreendeu a humanidade como um único povo. Isto é, a esquerda visa criar um mundo no qual todos os seres humanos vivam sob um regime comunista. Por isso existe o hino da "Internacional Socialista", e por isso a URSS existiu. A ideia era levar a igualdade e o fim de relações de dominação a outras nações até que o mundo todo abraçasse a ideia socialista.


Primeiramente, o Estado-Moderno não é eliminado no Nacional-Socialismo por razões óbvias. Movimentos nacionalistas querem que o Estado seja fortalecido e somente os pertencentes àquela nação poderão usufruir dos benefícios de serem cidadãos plenos. A ideia é igualar os cidadãos, e não todas as pessoas. Aqueles que não pertencem à nação, ficam marginalizados de tudo, quando não são tratados como os judeus foram. Portanto, o objetivo não é atingir o Comunismo, mas parar em um socialismo para os seus.


Durante o crescimento das ideias socialistas no início do séc. XX, vários grupos surgiram com sua visão ideal do socialismo. Enquanto Marx via a necessidade de uma comunidade internacional socialista, ou o ideal não resistiria ao poder do capitalismo em outras nações, teóricos mais nacionalistas eram resistentes a isso. Dois deles, o fundador da NSDAP (National-Sozialistiche) e um político antissemita alemão, Anton Drexler e Dietrich Eckart respectivamente.


Ambos viam a humilhação alemã na Primeira Guerra Mundial e a necessidade de resgatar o Reich alemão. Mas Drexler era de origem mais humilde e viu na abordagem dos socialistas de Marx uma oportunidade para usar a força do povo em seu ideal. Assim, inspirado pela Revolução Russa, pela formação dos comitês e grupos soviéticos que perseguiam e prendiam gulags e dissidentes conservadores que apoiavam os czares, um grupo alemão surgia exacerbando o nacionalismo alemão e buscando a síntese com o socialismo econômico para os "alemães verdadeiros".


Portanto, um primeiro erro clássico que se faz ao analisar o Nazismo, é associá-lo ao uso de economia de mercado. O que o Nacional-Socialismo visava era a potencialização de empresas alemãs para produção econômica, mas sempre respeitando as regras ditadas pelo Estado. O governo dizia o que produzir, quanto e quando. A empresa ganhava por ter seu monopólio garantido no seu determinado setor. Mas, não é apenas isso que compõe as ideologias ultranacionalistas socialistas.


Os nazistas visavam o resgate da memória do Sacro-Império Romano-Germânico, considerado o Primeiro Reich. Visavam restaurar a visão teutônica dos alemães como altamente tecnológicos e fortes no militarismo. Já os fascistas observavam a memória da Roma antiga e dos espartanos gregos. Para Mussolini, a Itália era a herdeira natural da memória romana e deveria reclamar para si a reconquista da Roma antiga. Essa visão fomentava dois povos maltratados pela Primeira Guerra e ajuntava as massas sociais em torno do líder máximo em cada nação.


Finalmente, outra característica em ambos era a ideia de uma raça superior, o antissemitismo, homofobia e racismo. Os alemães viam a raça ariana identificada como os alemães brancos e que não eram de origem judia. Os fascistas viam que os italianos eram aqueles com características e costumes saudáveis, que eram europeus brancos e remetiam a memória das imagens romanas antigas. Gays, negros e judeus eram tidos como pessoas nocivas para a sociedade e deveriam ser alijados ou discriminados para não ocorrer mistura com as "raças superiores".


III. E hoje? Há Comunismo ou Fascismo/Nazismo?


Não. A verdade é essa, a despeito de tendências que existem. O Comunismo é um fim, e não um meio. O meio é o Socialismo, e portanto, esse sim pode ser observado em países como: Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e China. Já locais nos quais se observa nacionalismo mais exacerbado ao ponto de se assemelharem às ideologias nacional-socialistas são: Rússia e grupos ultranacionalistas ucranianos que perseguem russos, ou pessoas de origem russa.


Porém, hoje há também a esquerda adepta da Escola de Frankfurt e de Gramsci. Nesse sentido, não se pode definir um país específico, mas há visivelmente grupos identitários que fazem o trabalho de subversão nas regras dessas duas escolas: Grupos LGBTQIA+, Antifa, MST, MTST, canais de TV, jornais e revistas. Esses dividem as pessoas entre gays e héteros, trabalhadores e empresários, propagadores de fake news e checadores de fatos, etc. Usam as universidades para produzirem conhecimento científico favorável aos seus interesses e assim, alijam pensamentos contrários das academias e criam assim o descrédito de seus opositores.


Contudo há também grupos que, ou são ultranacionalistas, ou usam táticas do Nazismo/Fascismo. Os exemplos dos Black Blocks, Black Lives Matter (BLM), Anonymous e Sleeping Giants são de grupos radicais que usam táticas nazistas ou fascistas para seus objetivos. Táticas como impedirem negócios dos quais divergem, desumanização de opositores ideológicos, racismo contra pessoas brancas e ações disruptivas de ordem em prol de interesses ocultos. Mas não há o nacionalismo? Afinal esses grupos operam em várias nações e também usam táticas de enfraquecimento de cada uma delas. Ora, mas por que seriam ultranacionalistas?


É preciso compreender que atualmente há interesses de elites para instauração de um Estado Global, no qual uma nação mundial surja. E essa nação deve vir, aos olhos dessas pessoas, expurgando grupos indesejados como conservadores, anarquistas, libertários, cristãos tradicionais que não aceitem autoridade total sobre a humanidade não-divina. Com isso, é preciso exacerbar a visão de uma humanidade, uma só nação na Terra, que vai ao encontro da visão da Internacional Socialista e usa táticas nazistas para seus objetivos. Todos visionários Estado-centristas que querem um mundo de "iguais", ignorando as especificidades de populações diferentes. O mundo ideal da esquerda, a Nova Ordem Mundial.

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