A fala obscena de Lula sobre judeus foi tão rejeitada internacional e nacionalmente que a tese de possíveis sanções contra o país ganhou força.
Lula foi além do que qualquer analista mais pessimista sobre ele poderia imaginar e comparou o povo de Israel com nazistas da Alemanha de Hitler. A fala naturalmente gerou repercussão negativa imediata. Líderes e pessoas no mundo inteiro rejeitaram a fala descontrolada do Presidente do Brasil, e o debate sobre possíveis sanções ao Brasil começou a circular nas redes sociais. Mas afinal, até onde isso é possível e de fato ocorrerão?
Primeiro é preciso partir do ponto que todos entendem pela palavra "sanção". No imaginário popular uma sanção contra o Brasil, seria algum reconhecimento oficial de um erro diplomático grave que gerasse represália seja econômica, política ou diplomática. Tal ação poderia partir mais da parte afetada pelas declarações, no caso, o Estado de Israel. Nesse sentido, pouco poderia ser feito, e é nisso que Lula se arvora para disparar suas asneiras contra os israelenses.
O país possui poucos laços comerciais com o Brasil, representando apenas 0,2% das exportações brasileiras, e 0,6% das importações. Outros países dificilmente comprariam essa briga, até porque o antissemitismo está disseminado no mundo (uma herança maldita da esquerda nazista).
Então, o que pode acontecer? Vai ficar no 0x0 essa fala tão grotesca do descondenado? Lógico que não. Mas as coisas não acontecem em geopolítica da forma que as pessoas pensam. Sanções oficiais não ocorrerão, o que não impede de retaliações diplomáticas e econômicas. Vale lembrar que Israel foi fundamental no apoio em tragédias como da represa de Brumadinho, além de contar com influência em aliados que representam mais para o Brasil, como a Itália, EUA e países com líderes à direita na própria América do Sul.
Não apenas nesse sentido, o próprio Presidente Lula que tem quase obsessão pela sua autopromoção como líder mundial respeitado, talvez possa ter jogado na lata do lixo qualquer chance (mesmo que fosse quase nula) de um Nobel da Paz, ou da vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, além de outros organismos importantes como a OCDE, e pode sofrer outras represálias em bancos internacionais para buscar crédito.
Essa espécie de contra-ataque diplomático é bem comum e acontece muito quando erros graves ocorrem, mas não se pode sancionar o ato, ou não se têm prova cabal do ocorrido. Se há alguma seara em que erros não são esquecidos, mas cobrados no seu devido tempo, por vezes até anos depois, é o campo diplomático. E Lula pode não ter percebido, mas a fala dele representa pouco em termos de agressão a Israel (a não ser a honra e reputação de um povo sofrido), mas poderá ser muito mais danosa ao próprio mandato.
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