O Ministro do STF alegou "dever de imparcialidade" para negar o convite.
Edson Fachin não comparecerá a reunião convocada pelo Presidente Jair Bolsonaro para reunião com embaixadores sobre o processo eleitoral brasileiro. A reunião marcada pelo Planalto com representantes diplomáticos de várias nações visa esclarecer informações sobre o processo eleitoral baseado em informações documentadas das últimas duas eleições (2014 e 2018), segundo o Chefe do Executivo.
Fachin alegou "dever de imparcialidade" para não comparecer ao evento em documento oficial. O Ministro do STF tem sido crítico forte das informações apresentadas por Bolsonaro e sua base apoiadora sobre a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas, mesmo com a defesa apresentada pelo trio Fachin, Barroso e Moraes. Cabe lembrar que Fachin e Barroso possuem uma visão política de esquerda e foram indicados pelo adversário de Bolsonaro nas eleições desse ano.
CONTEXTO
As falas de Bolsonaro inflam o debate democrático sobre a lisura do processo eleitoral que é o coração da de qualquer democracia. Desde 2014, há questionamentos à transparência e confiabilidade na contabilização eletrônica dos votos. O Sociedade Inteligente já trouxe informações precisas sobre o tema no texto: Democracia Digital: O voto eletrônico no Brasil é seguro?
Fachin e Barroso alegam a lisura e inviolabilidade das urnas eletrônicas e defendem a manutenção do processo como está (semelhantemente a Butão e Bangladesh apenas) com o argumento de manter o voto secreto. Contudo, as propostas apresentadas até o momento não traziam a violação do sigilo da pessoa votante, mas apenas traziam a possibilidade de conferência fora do sistema eletrônico para possível recontagem física.
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