Discurso de Moro é fraco, pouco propositivo e demagogo.
Os petistas devem estar sorrindo fora dos holofotes nesta quarta-feira, com o anúncio e discurso do ex-Juiz da Lava Jato, Sérgio Moro. Afinal, o grande discurso do PT para antagonizar as condenações emitidas por Moro, era que o juiz tinha ambições políticas e usou a Lava-Jato como palanque de autopromoção.
Pois Moro realizou na manhã de hoje um discurso no qual declarou sua filiação ao partido Podemos (ironicamente um partido integrante do grupo conhecido como "centrão" do Congresso). Moro fez uma longa fala, cansativa, com muitas frases de efeito, porém sem proposições concretas de mudanças além do velho discurso (que todo bom político faz) de combate à corrupção, melhorar as condições de vida, etc.
Moro também entrou em contradições com suas próprias ações passadas em momentos. Ao falar sobre inflação e dificuldades econômicas, ele omitiu seu apoio à políticas de lockdown que são diretamente as causadoras da crise econômica mundial (não somente a brasileira). Também ao mencionar que busca "justiça para todos sem distinção", não explicou o porquê nunca apoiou ações contra tucanos que só vieram a cabo após sua saída do Ministério da Justiça.
Não foi um discurso impactante, com uma plateia escolhida a dedo e que deve ter ocupado no máximo uma centena de assentos. Plateia essa que já demonstrou o mesmo nível esquerdista com gritos de "fora genocida", "viva o SUS", etc. Pessoas preocupadas com a sua bolha progressista abastada, mas sem reais proposições de melhorias para o povo. E esse retrato corrobora duas teorias políticas sobre as eleições do ano que vem:
A terceira via é a via da esquerda mais enfeitada, porém igualmente trágica; e Moro não tem nenhum apelo carismático ou força política até o momento para oferecer alternativa que realmente angarie votos. Fala somente a uma pequena plateia que se preocupa com um mundo esteticamente belo, e não como ele é de verdade.
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