Que extremistas de centro não conseguem emplacar uma narrativa sequer contra Bolsonaro todos sabem. Mas qual o motivo? Talvez o chilique de André Marinho em rede nacional no Programa Pânico do último dia 27/04 explique a questão. Recomendo assistir no canal do Pânico no Youtube. O debate foi com o jornalista e comentarista Paulo Figueiredo Filho (neto do ex-Presidente, Gen. João Baptista Figueiredo, último dos presidentes do regime militar e que realizou a transição para devolução do poder aos civis). Após, retome a leitura para que possa entender melhor o caso.
Marinho, ex-apoiador de Bolsonaro, indagou Figueiredo sobre a fundamentação factual que teria provocado a CPI da Covid, afirmando que o governo poderia ter vacinado mais e não ter deixado de comprar as doses ofertadas pela Pfizer, além de ter salientado que Bolsonaro tentara não usar a Coronavac por duvidar de sua eficácia e pela origem chinesa. Ao responder, Paulo foi preciso ao afirmar que não havia fundamentação nas afirmações, em face ao ritmo acelerado de vacinação no Brasil, que é o 4º país que mais vacinou até então e já tem doses garantidas para toda a população. Aí então começou o show de chiliques de Marinho, interditando as falas de Figueiredo, na tentativa de sobrepor por "falar mais alto", com afirmações como "poderíamos ter salvo mais vidas", "Bolsonaro negou a vacina", e outras. Eram frases soltas, em um nítido desespero argumentativo. Mas por quê trazer isso à tona?
Os chiliques e as caras e bocas de Marinho são claros sinais de desespero do debatedor quando vê sua fala ser desmontada. E é exatamente o que ocorre atualmente com o falso "centro" político. Depois de aventar Moro, Dória ou Leite, ao verem a não aceitação popular dos nomes, em face ao silêncio de Moro após sair do Ministério da Justiça, e aos desaforos autoritários de ambos governadores em seus respectivos estados, a galera apoiada pelo MBL (que ficou conhecido como PSOL Kids, e assim os denominarei), tenta insistentemente emplacar nomes para a tal 3ª via. Gentili/Moura foram nomes que também vieram para o teste público, e soaram literalmente como piadas na internet com diversos memes. Após verem que não daria para fazer graça com algo sério, tentaram em desespero o nome de Tasso Jereissati, um político completamente fora do debate para o certame de 2022.
O desespero é tanto que já é possível observar movimentos de tucanos um pouco mais a esquerda (o que na verdade não é tão sacrificante a eles). Como não possuem um nome forte, a bola da vez parece ser Ciro Gomes do PDT. O conhecido "coroné" do Ceará, da família Gomes que deixou o estado num mar de criminalidade e pobreza. Irmão de Cid Gomes, conhecido por Cid "Retroescavadeira", pelo episódio em que avançou com uma retroescavadeira para cima de policiais que protestavam por melhores condições de trabalho. Político que afirmou que "quer o controle social e o fim da 'ilusão moralista' católica". Esse é o nome de "centro" que parece surgir agora para tentar emplacar, após todos os fracassos tucanos que só tem fragmentado a base.
A verdade é que Ciro possui ao menos mais apelo, e é mais combativo que qualquer tucaninho engravatado ou de calça apertada. Mas não se engane, pois não parece que ele roubará o núcleo de votantes do ex-presidiário Lula e menos ainda o sólido núcleo de apoio a Jair Bolsonaro. O que é preciso atenção é o fato de eleitores de Ciro Gomes (todos de esquerda), terem a tendência para apoiar a candidatura petista sem dúvidas num eventual segundo turno. Aí, o que os "liberais" do PSOL Kids terão que explicar é o seu voto no maior corrupto da história do país. Afinal: "O destino de todo tucano é cair do lado esquerdo do muro, e no colo de um petista" (Rodrigo Constantino).
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