Mais um artigo da série Sociedade Inteligente que reflete sobre os erros da direita no Brasil ao longo dos 4 anos do governo Jair Bolsonaro. Apenas mais uma contribuição do SI para que o passado nos ensine como sempre deve ser, pois erros ignorados se repetem no futuro.
Há muito espaço para crescimento na direita. Diferentemente da esquerda (seja ela a sindicalista, seja a socialdemocrata), aonde os espaços já possuem seus caciques e personalidades proeminentes, na direita a incipiência ainda é grande. Apesar de ser uma virtude, há o risco de um problema enfrentado fortemente em alguns casos notórios: O estrelismo.
Extraindo personalidades muito viciadas em likes e nos holofotes lacradores de redes sociais, conservadores e libertários que ascenderam na esteira de Jair Bolsonaro por muitas vezes precisam da "lacrada" para satisfação pessoal, ou como tática de atuação política. Porém, essa necessidade pode se tornar algo nocivo (caso em excesso) e que inclusive pode virar contra o "lacrador". Principalmente entre deputados e senadores no Congresso Nacional, casos assim são observados e relatados por usuários de diversas redes sociais.
Além da questão do excesso de holofote, há para manobras que seriam interessantes serem feitas discretamente, há também a disputa dentro da direita por posições privilegiadas. E esse talvez seja o maior motivo de divisões geradas dentro de aliados de Bolsonaro no início, que foram abandonando o ex-Presidente. Casos como Hasselmann, Frota, Nando Moura, entre outras alianças, para muitas pessoas de direita, são vistas como excesso de estrelismo por pessoas que não tiveram o espaço que achavam que mereciam.
A verdade é que toda pessoa tem sua função e sua importância. Seja o afiliado a grupo social, a partido, ou algum ator político com cargo, e muitos outros, todos são importantes para consolidar a direita em contrapartida ao aparelhamento da esquerda no Estado brasileiro. Muitas vezes, a posição adequada para a pessoa, não é a almejada, ou a sonhada. O que nada impede que isso mude com o tempo. Portanto, é preciso reconhecer sua função e entender a sua importância naquele momento. Só assim a direita conseguirá montar uma estrutura própria que faça frente à hegemonia da esquerda nas academias, órgãos jurídicos e públicos do Brasil.
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