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Entenda o posicionamento de Lula na política externa e possíveis consequências

Após ir à China e receber o Chanceler russo, Sergey Lavrov, Lula explode pontes com países historicamente mais próximos do Brasil e pode colocar o país do lado errado da história.

Alguém precisa ir lá em Washington e falar para o incapaz, Joe Biden, fazer o L. Sim, pois mesmo após apoio forte para a candidatura petista na corrida eleitoral de 2022, os EUA estão vendo o Brasil caminhar a passos largos para os braços do dragão vermelho. Certo, mas e para o nosso país, o que isso trará de consequências? Futurologia não é ciência, mas pelos alardeados "acordos" entre China e Brasil que Lula trouxe, as expectativas não são boas. E, para completar o cenário, o chanceler russo, Sergey Lavrov, veio ao país nos últimos dias de forma tranquila (mesmo em meio aos conflitos que seu país enfrenta), como quem visita sua fazenda ou seu terreno.


Primeiramente, sobre a China, não foram todos os acordos alardeados pela mídia (que agora é amiga do governo, por isso faz exatamente o oposto do que fazia com Jair Bolsonaro, e infla tudo que considera bom). A maioria dos documentos assinados são memorandos de entendimento, que representam a vontade dos países em cooperar em várias áreas, mas não geram nenhuma obrigação entre as partes e nem vão ao Congresso para aprovação. Acordos mesmo foram apenas 5, e ainda assim, acordos que demonstraram a subserviência brasileira a Pequim. Exemplo: O acordo que exige uma certificação de origem rígida de toda proteína animal vinda do Brasil, que coloca a China numa posição de vantagem, podendo (caso decida por bem) interromper a importação de proteína animal do nosso país.


Mas outro ponto interessante dos memorandos de entendimento assinados, é na parte de TI, mídia e informação. Os governos brasileiro e chinês estão demonstrando interesse real em cooperação na área de comunicação telefônica, propaganda governamental e mídias digitais. Ora, todos sabem dos casos da empresa chinesa Huawei, que foi acusada de espionar para o governo comunista da China. Além disso, no país oriental, há forte controle sobre internet, tráfego de dados e fiscalização do que é dito. E, se juntar as peças com o histórico recente de entidades ávidas por regulamentar as mídias e impedir o "discurso de ódio", dá para se montar um retrato do que poderá vir dessa cooperação.

Seguindo agora para a visita de Lavrov ao Brasil, o que foi demonstrado é que Lula está se tornando não apenas um capacho chinês, mas um inconsequente em termos geopolíticos. Ainda na China, Lula afirmou que a culpa do conflito é de Kiev e da OTAN. Após o aceno, recebeu nos últimos dias a visita do chanceler russo, que conversou com funcionários do Itamaraty (entidade brasileira inundada de pensamento esquerdista da escola de Frankfurt) e foi pessoalmente ao Palácio da Alvorada. Essa postura irritou profundamente os Estados Unidos e os membros da OTAN (principais parceiros em tecnologia militar do Brasil). Para muitos incautos "nacionalistas" essa postura representaria uma maior independência do nosso país, mas é justamente o contrário.



O que seria melhor? Ser subserviente a um patrão que cobra lealdade (como qualquer um), mas te dá certo grau de liberdade para atuar até em favor próprio (e não toma o que é seu); ou a um patrão que cobra lealdade e submissão, não te dá liberdade e ainda, caso você não produza o que ele quer, ele tira do seu pagamento o que considerou que não foi produzido? A escolha que o Brasil está fazendo é mais ou menos essa. Por inveja do patrão rico, capitalista "malvadão", opressor e forte, está trocando para outro patrão que diz ser igual, mas tem muito mais dinheiro e força, e também irá explorar o trabalho do seu empregado, só que, nos acordos realizados entre os dois, se não produzir, vai ter que pagar tirando do próprio salário. Ao bom leitor, entenda a analogia.


Mas é ainda pior. O Brasil possui laços históricos e culturais muito fortemente ligados ao Ocidente cristão. Nascemos a partir da descoberta portuguesa, o alinhamento cultural brasileiro é com a religiosidade cristã oriunda da Europa e EUA, as alianças geopolíticas do Brasil sempre foram ao lado dos Estados Unidos (vide 2ª Guerra Mundial), a tecnologia e doutrina militar do nosso país é oriunda de países do bloco ocidental (EUA, França, Israel, Suécia), e os conceitos de liberdade e limitação do Estado (que estão sendo vilipendiados pela esquerda) estão intrínsecos à cultura racional e livre que aspiramos um dia ser por completo. Tudo isso é totalmente incompatível com a cultura imperial e autoritária dos chineses, e parcialmente imparcial com a visão de mundo russa também.


A questão aqui é: Por doutrinação em academias, cátedras e historiográfica, criou-se uma aversão aos EUA, mas sem criar para o Brasil a real solução. Essa solução é o país definir-se como nação e colocar seus próprios objetivos acima de qualquer outra nação. Estabelecer suas próprias metas e buscá-las. Então, sem isso, o país precisa ter um dono que o diga o que fazer. Agora está trocando de patrão, e pode ser uma troca ruim a longo prazo, já que a China é conhecida por contratos e acordos abusivos com os países que negocia, tomando até porções territoriais no caso de descumprimento. De todo modo, o Brasil continua sendo rebocado, continua tendo um dono para mandar, continua como colônia, só que de um modo que a esquerda gosta agora.


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