O fato é temerário e põe em risco a liberdade de imprensa.
Allan dos Santos, jornalista do canal de notícias Terça Livre, é alvo de uma perseguição por órgãos de imprensa mais tradicionais como o jornalismo da Rede Globo, Folha de São Paulo e CNN. Essa caçada se deu pelo fato do jornalista ter crescido noticiando fatos, e ganhou notoriedade com sua aproximação de ideias com o governo de Jair Bolsonaro.
Além da proximidade com o atual governo, Dos Santos tem claro objetivo em tornar seu canal, Terça Livre, um canal de TV aberta, com a finalidade de ter acesso a mais pessoas para expor o contraponto dos grandes jornais. Mas, aparentemente, a liberdade de imprensa é permitida desde que o jornalista não denuncie erros e promiscuidade da mídia com quem a paga melhor.
Essa afirmação fica evidente através do vazamento feito pelo jornal Folha de São Paulo, de uma fonte de Allan dos Santos ligada ao STF. O ato é tão abjeto e baixo no meio jornalístico que seria como a Apple, ao ter conhecimento de um código-fonte da Microsoft, liberar para todos irrestritamente esse código. Mas afinal, qual seria o problema dessa questão? Seria isso realmente errado?
Primeiramente não é apenas ilegal como criminoso. A Constituição Federal, no art. 5º e inciso XIV determina a liberdade de informação, sendo assegurado o sigilo da fonte quando for imprescindível para o exercício profissional. Não é preciso mencionar aqui a importância da fonte para a atividade jornalística, e ser resguardada sua incolumidade. E essa ação tem consequências imediatas e futuras.
O primeiro desdobramento imediato foi a convocação pela "corte inquisidora", também conhecida como STF (Supremo Tribunal Federal), da fonte de Allan dos Santos que era ligada ao órgão. Além disso, essa ação intimida outras pessoas serem fontes de jornalistas que sejam conservadores e alinhados ideologicamente com o Terça Livre, do próprio canal, e/ou o atual governo.
Portanto, a ação feita pelo jornal de esquerda Folha de São Paulo é reprovável, temerária e perigosa para liberdade de imprensa. Pois, caso a imprensa fale algo contra um poder vigente, poderá ser ameaçada também com a revelação da sua fonte, o que acaba com a coleta de informações. Mas, algo que está claro é que os grandes jornais são a favor da liberdade de imprensa desde que isso gere retorno financeiro.
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