Conheça a arma de testes mais poderosa usada até agora no conflito da Europa.
Não há nada mais rápido do que o Kh 47M2. Mais conhecido como Kinzhal, o míssil de cruzeiro hipersônico da Rússia é uma dor de cabeça e um temor que paira não apenas sobre os ucranianos, mas sobre a OTAN. Ele voa rápido, reduz apenas na aproximação final do seu alvo para conseguir atingi-lo. E o pior de tudo: Pode carregar uma ogiva nuclear.
Com o alcance entre 2 e 3 mil km, pode ser lançado em muita segurança pelas suas plataformas de lançamento para atingir os alvos designados. Essas plataformas incluem o bombardeiro russo Tupolev Tu-22M, que também atua como bombeiro estratégico russo. Há também o caçula da frota de caças da Força Aeroespacial Russa, o Su-57 Felon (designador da OTAN). Mas o caçula é o caça de 5ª geração fora dos Estados Unidos em plena operacionalidade mais ameaçador e que pode fazer frente aos donos dos céus hoje, o F-22 Raptor.
Porém, a plataforma mais usada para os lançamentos do Kinzhal é um ícone da URSS. Um monstro dos ares. Sim, um monstro no tamanho, o Mig-31 é um gigante robusto, que praticamente são asas rebitadas em dois foguetes enormes que são seus motores. Preparado para ser um caça interceptador, hoje atua em múltiplas funções, como no lançamento de mísseis balísticos de cruzeiro.
O MÍSSIL
O Kinzhal pode chegar a 10 vezes a velocidade do som, podendo voar por no máximo 3 mil km (a depender da plataforma de lançamento), ou seja, o alvo mais distante pode ser atingido em até 20 minutos, e a uma distância segura para o bombardeiro não ser atingido por forças inimigas. Além disso, para torná-lo ainda mais letal, o míssil pode carregar ogivanos nucleares que vão de 100 a 500 quilotons.
No contexto da guerra entre Rússia e Ucrânia, o Kinzhal ainda é considerado uma arma de testes, por nunca ter sido usado efetivamente em um conflito. Contudo, na última semana, uma saraivada de kinzhals sobre os ucranianos foi disparada. Esse ataque de supressão de artilharia aérea foi desencadeado como retaliação ao apoio dos britânicos com seus mísseis Storm Shadow. Assim, com dois mísseis de ponta em ambos os lados do conflito na Europa, o cenário para um possível uso real de armas nucleares é mais próximo do que nunca.
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