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Editorial - Zelensky, de comediante, a presidente, a herói.


Não importa se você apoia os russos nesse conflito, mas importa muito se você apoia os ucranianos. No início do embate, há uma semana, Volodymyr Zelensky era tido como um despreparado, fraco e que iria desistir do conflito. Após 7 dias de guerra, o Presidente da Ucrânia ganhou o mérito do rótulo líder. A despeito do pouco tempo de embates, sua postura já é destacada como heroica.


Quando os russos invadiram a Ucrânia, o mundo esperava uma guerra rápida e de poucos dias (erroneamente, claro). Com essa expectativa, a postura que o Ocidente esperava de Zelensky era ou a capitulação rápida, ou a fuga. Contudo nenhum dos dois retratos ocorreram. O comediante (termo usado por alguns de forma pejorativa) "had the greatness thrown upon him", expressão conhecida no inglês como quando a pessoa não se torna grande por um esforço ao longo de um tempo, mas de forma rápida é jogada numa situação que o torna grande.


A verdade é que há duas surpresas que não se sabia até o conflito começar: A resistência irredutível dos ucranianos (com voluntários pegando em armas) e a coragem de Zelensky não sair da capital. Com a cidade sitiada por colunas de blindados russos, o líder se mantém firme no comando das suas forças e no front. Ainda desafiando o Ocidente a ajudar seu país agredido por uma nação várias vezes mais poderosa.


Pode-se argumentar dos interesses ocidentais no caso, e até alegar que os russos avançam. Porém, um fato inegável é que o Presidente Volodymyr Zelensky não irá deixar seu país ou seu povo. Permanecerá firme contra o agressor, e se suas palavras surtirem efeito no Ocidente para ajudá-lo, trará maior igualdade ao conflito. Talvez essa grandeza à qual o líder ucraniano foi jogado, era o fator que os russos não esperavam.

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