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Editorial: O jornalismo "sério" não morreu, apenas foi desmascarado



O jornalismo "sério" não morreu, apenas foi desmascarado. Digo essa frase com frequência em minhas redes sociais e muitos não entendem. Neste 07 de abril, dia do jornalista, quero me debruçar sobre esse pensamento de autoria própria. Antes de serem questionadas e perderem o monopólio da informação, os principais meios de mídia reinavam incólumes, passando informações e as pessoas aceitando. Afinal, a internet e meios de comunicação em massa como Twitter, Instagram, Facebook e blogs como o Sociedade Inteligente não eram observados, pois somente uma minoria possuía acesso a essas plataformas. Porém, os avanços tecnológicos como smartphones, avanços nas conexões da internet, deram voz a pessoas que começaram a questionar a realidade imposta pelos jornais.


Portanto, pensar que houve uma morte jornalística com os novos players midiáticos menores aparecendo, principalmente ao exporem grandes conglomerados jornalísticos, é um equívoco. Os grandes jornais continuam atendendo seus interesses comerciais, políticos e ideológicos, apenas foram desmascarados pelas novas mídias. Darei dois exemplos aqui: Um menos famoso, porém muito emblemático, e outro muito conhecido e significativo para entender o fenômeno da ascensão de pequenas mídias e a infâmia dos grandes jornais. Ambos os casos envolveram cancelamentos dessas mídias menores por grandes meios de comunicação hegemônicos numa tentativa de silenciá-los. Assim será possível observar a exposição da mídia podre e decadente que deveria ser celebrada hoje, mas é alvo de chacota pela falta de profissionalismo e falta de conexão com a realidade.


Xbox Mil Grau. Caso não tenha ouvido falar e deseja saber do que se trata, pesquise brevemente antes de continuar a leitura. Esse é o nome de um ex-canal de Youtube que foi cancelado fortemente por mídias dominantes que supostamente defendiam a igualdade racial, contra dois supostos "racistas", que eram os membros mais famosos do canal. O streamer conhecido como Capim, integrante do canal, expôs a hipocrisia midiática ao compartilhar uma imagem (que cabe salientar não ter sido de sua autoria), na qual o Black Lives Matter (BLM - movimento extremista dos EUA) depredava patrimônio enquanto astronautas iam ao espaço. A imagem foi exibida juntamente com a frase "vai dar choro ou não". O objetivo era expor justamente que a suposta militância violenta do BLM simplesmente destrói patrimônios, e não traz benefício algum, em comparação com pessoas que iam ao espaço. Essa imagem viralizou e foi o alvo de um ataque em massa ao streamer e seu amigo principal do canal, Chief. Ambos sofreram ataques de tal forma que dados pessoais foram intencionalmente expostos na internet com intuito em denegrir e até ameaçá-los fisicamente. Contudo, qual foi o motivo real desse ataque feroz?


O Canal Xbox Mil Grau começou suas atividades pelo integrante principal, Chief, que sempre defendeu de forma bem-humorada o console de games Xbox, e nunca negou o objetivo de fazer chacotas contra a plataforma de games concorrente, o Playstation. Contudo, Chief identificou varías vezes um viés em reportagens da "mídia especializada" sobre o assunto. Observou sempre o que ele chamou de "passada de pano" das reportagens para a plataforma da Sony, e sempre embasou de forma muito sólida os argumentos para isso. Expôs os ganhos que se tinham nas mídias principais de games com a proteção do Playstation em virtude dos objetivos comerciais com o maior público no console sonysta. Contudo, Chief não apenas fazia isso, sempre expunha seu posicionamento conservador e anti-esquerdista, sendo assim alvo de uma verdadeira cólera de "especialistas gamers" lacradores, mas que não jogavam de fato os jogos que criticavam. O ódio cresceu por anos e anos e, com apoio de youtubers poderosos e progressistas que todos conhecemos, além do suporte declarado do movimento extremista Sleeping Giants Brasil, a imagem publicada por Capim foi a oportunidade para o "linchamento virtual" da Xbox Mil Grau. A questão subiu a níveis tão sérios que até nos dias de hoje, quase 1 ano após o evento, Chief e Capim lutam na justiça contra ameaças que sofreram, além dos danos morais e das calúnias e difamações.


Outro caso mais conhecido foi o do canal e plataforma de notícias Terça Livre. Assumidamente conservador e influenciado pelos ensinamentos de Olavo de Carvalho, a plataforma ganhou sucesso também demonstrando o duplo padrão e os interesses midiáticos escusos da verdade dos fatos. Seu principal integrante, Allan dos Santos, jornalista formado e diplomado, sempre é referido pelos principais canais jornalísticos como Globo, pelo termo "blogueiro", em alguma tentativa desesperada e torpe de desautorizá-lo a noticiar, como uma pessoa não especializada no ofício jornalístico. Após expor as incongruências da OMS no início da pandemia, apresentar os fortes indícios de fraudes nas eleições dos Estados Unidos (que agora parecem não serem tão irreais assim, com revelações nos jornais americanos), o canal no youtube do Terça Livre, bem como sua rede social no Facebook, foram censurados por não "respeitarem as regras de uso das plataformas" ao exibirem supostas "fake news" sobre as eleições americanas.


A verdade é que o cancelamento do Terça Livre está muito associado ao considerado maior cancelamento de todos, do Presidente Donald Trump. O então candidato republicano em 2020, denunciava as práticas fraudulentas nas eleições, e assim, após ser totalmente ignorado por todos grandes jornais, mas apoiado pelo Terça Livre e jornais americanos conservadores, Trump foi silenciado em todas as redes sociais e suas contas bloqueadas permanentemente. Ao defender o posicionamento pela verificação eleitoral dos EUA, a plataforma entrou na mira da imprensa que desejava manter o resultado que garantiu a vitória a Joe Biden. Assim, em uma orquestração entre jornais, jornalistas, blogueiros progressistas e o Sleeping Giants, um ataque de denúncias em massa ao canal, às redes sociais do Terça Livre e aos meios de recebimento de recursos do grupo, fez com que o canal perdesse totalmente a sua fonte de receita para manter o trabalho. Atualmente, após judicializar a questão, foi recuperado o canal no youtube e parte das redes sociais. Porém agora o Terça Livre só consegue fonte de receita de forma direta, já que muitas plataformas de pagamentos, pressionadas pela milícia extremista do Sleeping Giants, não aceitam mais monetizar o grupo.


E o que há em comum entre Xbox Mil Grau e Terça Livre? A exposição do jornalismo como ele é por debaixo dos panos. Hipócrita, desleal, partidário, nocivo, militante e sem princípios. O que os jornalistas querem é o ganho financeiro (sem necessariamente exporem a verdade), e eliminar as vozes que expõem isso. O que a grande indústria midiática de fato deseja não é a tolerância e a liberdade de imprensa, mas sim a intolerância aos opositores e a prisão deles (quando possível - basta relembrar o caso do jornalista Osvaldo Eustáquio que permanece preso, com seus colegas silentes). A censura é a solução para aqueles que tiram a máscara dos grandes jornais, a prisão é o cenário ideal a quem for contrário aos que "estão acima do bem e do mal". E é aqui que a minha frase ganha sentido pleno: O jornalismo "sério" (das grandes mídias) não morreu (pois continuam fortemente ativos), apenas foi desmascarado (e reage raivosamente a isso).

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