Em 1964 pessoas foram às ruas, alinhadas com o desejo de não permitir a guinada do Brasil rumo ao comunismo. A preponderante maioria de historiadores e jornalistas, além dos clássicos esquerdistas da época (Lula, FHC, Dilma, Miriam Leitão, entre outros), defendem que não havia a tal "ameaça comunista". Contudo, fatos da época demonstram levantes a favor do comunismo dentro do território nacional, no contexto da Guerra Fria. Havia a tentativa de trazer o ideal comunista russo e fazer a República como um barril de pólvora, para despertar a revolução socialista que sempre ocorreram antes da instauração de regimes ditatoriais comunistas.
Na época, o presidente brasileiro era João Goulart, e esse buscava implementar as Reformas de Base do Estado brasileiro. Tais reformas eram vistas como perigosas e tendenciosas por muitos grupos jornalísticos e pela população. Afinal, todo regime comunista iniciou com reformas de Estado para, em teoria, fazer o Estado mais social e ajudar os mais pobres. O Bacharel em Direito Guilherme Carvalho observa em seu artigo Verdade mascarada sobre o 'Regime' Militar, "o caos no país" implantado por "comunistas infiltrados nos mais diversos setores", e demonstra que membros do Partido Comunista do Brasil já treinavam na época em Cuba de Fidel Castro, e na China.
Ora, mas por que os jornais apoiavam na época e hoje condenam? A verdade é muito simples, em 64 não se tinha uma república socialdemocrata instalada. Além disso, os jornais temiam o regime comunista que se avizinhava, e o confisco de suas propriedades e liberdades de opinião em nome do regime comunista. Portanto, apoiados pela população e pelos meios de mídia, em 64 os militares pressionaram a saída do poder do Presidente João Goulart, que deixou o cargo vago, e então instaurou-se o regime e retomar as rédeas do país que seguiam perigosamente à esquerda. Sim, o Brasil foi salvo à época do comunismo, porém, na visão de Olavo de Carvalho, filósofo contemporâneo, houve um erro dos militares: Não ter eliminado o ideário comunista já instaurado em universidades nos mais diversos cursos, e esse erro é o que nos traz aos dias de hoje.
As mentes acadêmicas conseguiram uma hegemonia intolerante que literalmente silencia autores e visões contrárias à socialdemocracia, ou ao próprio comunismo em si. Em cursos de ciências sociais não se estuda autores conservadores como Burke, Bonald, ou ainda, na atualidade o próprio Olavo de Carvalho e outras vozes mais à direita. São tidas como "minoritárias" e não cientificamente significativas. Assim, formou-se gerações de advogados, juízes, analistas, jornalistas, sociólogos, filósofos alinhados com o perfil esquerdista, desde os mais moderados sociais-democratas até os comunistas assumidos. E hoje, a dominância nas áreas de Direito, Jornalismo, Relações Internacionais, Sociologia e Filosofia dessas mentes dão seus frutos com o negacionismo da ameaça comunista de 64 e a vitimização de guerrilhas terroristas, como a do Araguaia, os movimentos liderados por universitários e comunistas da época que visavam impor caos e desgastar os governos militares.
E ontem, dia 31/03/2021 vimos mais um fruto dessa hegemonia: A histeria coletiva de jornais contra uma suposta ação orquestrada pelo Presidente Jair Bolsonaro para aplicar uma espécie de golpe em si mesmo. A histeria foi tanta que os tais "órgãos de checagem" foram buscar historiadores e jornalistas (todos com viés à esquerda, obviamente) para defender que 1964 fora um golpe sim, e que atualmente haveria uma espécie de força golpista novamente instalada no governo federal. Contudo, mais uma vez as previsões fracas e sem respaldo na realidade fracassaram. Assim como a "verdade" de que o Brasil viveu um golpe militar em 1964, quando na verdade a atuação foi após clamores populares nas ruas de inúmeras pessoas comuns, famílias, trabalhadores que não desejavam o monstro comunista surgir em terras brasileiras. E assim como em 1964, em 2021 mais uma vimos o "golpe" que nunca ocorreu e assim como em 1964, a ameaça comunista é a mais real que existe desde o início do regime militar.
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