A descrença do brasileiro na República tem origem nos seus políticos. Quando se observa que entra governo, sai governo, as estruturas de poder se perpetuam sem ameaças, a única conclusão desoladora possível ao cidadão comum é que as coisas não mudarão. E na verdade, esse é o sentimento que querem implantar em você, o sentimento do ceticismo pessimista. Afinal, assim todos largarão de mão e eles poderão continuar governando sem alguém que ouse se levantar contrariamente. O establishment se perpetuará e você será governado por quem não se importa com sua opinião.
A eleição de Bolsonaro em 2018 foi uma resposta às estruturas da velha política, que oscilavam entre PT e PSDB no Executivo, e o Legislativo dominado pelo centrão fisiológico no comando do MDB. No primeiro ano, o atual Presidente tentou quebrar esse ciclo governando através de temas, o que pareceu ser muito mais representativo. Contudo é muito difícil extirpar um parasita político que se embrenha nas mais profundas engrenagens do Estado brasileiro. Esse parasita é a corrupção, que tem como seu maior praticante, o centrão, que dita a política do país. Esse grupo sem nenhum escrúpulo político dita o que é pautado ou não no Congresso, e usa a chantagem política contra o chefe do Executivo para mantê-lo sob seu controle. Assim, a corrupção desse grupo pode rolar solta, e isso ficou provado com a paralisação do governo no primeiro ano e meio, até Bolsonaro ceder a negociações para cargos de segundo escalão ao centrão.
Contudo, aparentemente ainda não é suficiente para o establishment. Afinal Bolsonaro ainda resiste como pode às medidas adotadas anteriormente, como o aparelhamento estatal, a gastança pública descontrolada e o financiamento de mídias para comprar seu apoio. O que se vê são ataques ferozes de jornais que parecem sentir abstinência de verbas públicas, políticos que igualmente sentem falta das fartas emendas parlamentares da era petista, além da expansão burocrática sem fim com aumento de impostos sem retorno para a população, e a retomada da corrupção estruturada do PT.
Dessa forma, para derrubar de vez Bolsonaro, todo o establishment, em seus diversos níveis, se uniu em um grande acordo. Mídia, políticos, petistas, personalidades famosas e grandes empresas que ganhavam com o sistema vigente até 2017 uniram forças em torno de um único objetivo: Vencer Bolsonaro em 2022. E para atingir a meta, o escárnio com o povo brasileiro é o caminho. Escárnio que é exibido diariamente pelos instrumentos de manipulação do sistema, os canais de TV que sofrem com a falta do dinheiro, antes usado para comprar suas reportagens, mas agora direcionado para fins mais nobres. Jornalistas noticiam mortes e desespero de forma sensacionalista, falam da "injustiça" que foi feita com o maior ladrão da história do Brasil, e xingam o Chefe do Executivo sempre.
E assim o circo foi armado com a soltura de Lula (corrupto comprovadamente condenado em 3 instâncias), a campanha diária dos jornais para o desgaste de Bolsonaro, (inclusive com termos exagerados como genocida e fascista), e a CPI da Covid-19 (que deveria investigar os desvios comprovados pelo Ministério Público e pela Polícia Federal de verbas públicas por prefeitos e governadores, mas quer investigar somente o Presidente, que não se negou a ser auditado) presidida por Renan Calheiros, réu em mais de 10 inquéritos por corrupção, e pai de um dos possíveis investigados. E, dentro dos planos do establishment, o povo assiste inerte, incrédulo nas mudanças, passivo e em desalento, quando na verdade deveria estar nas ruas clamando pelo seu respeito, lutando. Assim, como que rindo da cara do povo, antigos políticos voltam a ser protagonistas (avalizados pelo STF) após serem condenados na justiça. Um verdadeiro escárnio com a população.
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