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Desarmamento: O requisito imprescindível à dominação estatal

Joe Biden anuncia ordem executiva para controle armamentista nos EUA.



Ao longo da história há exemplos fartos de um requisito fundamental para a instituição de ditaduras, ou pelo menos do cerceamento de liberdades individuais por parte do Estado: A restrição às armas para população. A lógica é muito simples e óbvia, mas naturalmente negada pela esquerda. Ter uma população armada coloca o Estado em uma situação mais equilibrada de forças, não podendo exercer sua dominação e seu pleno "monopólio do uso da força". Hoje, o Presidente dos EUA, Joe Biden, pressionado pela sombria ala radical esquerdista do Partido Democrata, liderada por sua vice, Kamala Harris, anunciou ações executivas (que são praticamente como decretos presidenciais no Brasil) de controle armamentista e restrições ao uso de armas de fogo nos Estados Unidos. Vamos exemplificar historicamente o que acontece quando se há um controle armamentista em sociedades, e depois refletir brevemente sobre essas novas medidas de Biden.


Em 1917, a Revolução Russa acabou com a era dos Czares e instaurou a primeira revolução comunista. Antes disso, o Império Russo vivia numa sociedade em que o porte de armas não só era permitido, mas culturalmente aceito como corriqueiro. Obviamente haviam regras, contudo não se restringia a comercialização ou a propriedade das armas. Com o golpe de 17, um dos primeiros passos para a consolidação comunista no poder fora o confisco imediato das armas da população. Para isso, em 1918, Lenin ordenou um registro total das armas de cidadãos, e posteriormente as confiscou para o Estado de forma permanente. Stalin, seguiu o avanço contra a defesa final das massas, instaurou leis punitivas para aqueles que possuíssem armas e chegou até a proibir o uso de facas em 1935. O resultado: O genocídio dos Kulaks (termo russo para o que conhecemos como fazendeiros) e perseguições a inimigos políticos que não tinham como se defender, milhões de mortos, sendo estimados até a casa dos 20 milhões.


Mas para não dizer que só se fala de comunismo, vamos seguir agora para o que a esquerda chama de "extrema-direita", em disfarce ao seu monstro igualmente tenebroso: A Alemanha Nazista. Após sua ascensão como chanceler em 1933, Hitler usava sua influência para obter os registros de armas de cidadãos alemães. Após tentativas de ocultar isso por parte do Ministro do Interior, os nazistas finalmente obtiveram acesso aos documentos, e começaram a sua caçada às armas em posse de judeus. Assim, em 1938, esse feito foi "legalizado" com as leis que retiravam do povo judeu a possibilidade de ter propriedades, levando eles à marginalização social e finalmente ao horror da Kristallnacht e dos campos de concentração. Leia o livro "Controle de Armas no Terceiro Reich", de Stephen Halbrook.


Ainda trazendo a exemplos mais atuais, as repúblicas africanas imersas em guerras civis sanguinárias e com ditadores no poder, impedem seus cidadãos de possuírem armas. A alegação é que o Estado precisa "controlar o uso de armas" e confiscar armamento para defesa contra inimigos internos golpistas. Congo, Chade, Libéria, Angola, todos esses países que já passaram por conflitos envolvendo autoridades ditatoriais possuem restrições na comercialização e uso de armas pela população. Mas um exemplo mais "civilizado" atualmente é a China. No país asiático é proibido ter uma arma para qualquer fim, a não ser que o Estado assim o permita. Há relatos de que no interior, muitas populações são oprimidas, levadas a "campos para trabalho forçado" (nome moderno para campos de concentração), por "conspirarem" contra o regime comunista chinês.


Como dito no início, exemplos históricos são fartos, e parece que a humanidade teima em não olhar para o passado e aprender. O que os Estados Unidos vivem hoje é o que gerou tanta comoção, ao ponto de vermos a revolta contra o pleito do ano passado: O temor do autoritarismo progressista do Partido Democrata. E esse temor não deve pairar somente sobre a cabeça dos norte-americanos, mas de todo o mundo. Afinal, é a maior potência bélica do planeta, que hoje jaz na mão de esquerdistas que adoram usar seu poder contra dissidentes. E um desses poderes é a restrição na posse de armas, o último elemento dissuasório que uma família pode ter ao ser confrontada com o poder estatal. É essa barreira final que está em jogo, e se ela cair, nada mais separará as pessoas da mão pesada e cruel do Estado.

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