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Crise interna nos EUA obrigam Washington a subir o tom contra chineses.

Inflação na casa dos 10%, recessão técnica e demonstrações de fraqueza de Joe Biden levam Washington a subir tom contra China para desviar a atenção dos problemas internos.

Quando um país passa por crise severa interna, uma das saídas é criar um inimigo externo que una a população e ofusque os problemas internos. Após desfazer a política correta de Donald Trump de redução de impostos e fomento da economia interna com sua patacoada ambientalista, após permitir a guerra entre Rússia e Ucrânia, após insistir em "economia verde" sem estar preparado para isso, após outros erros, Joe Biden resolveu acionar uma das maiores aliadas para tentar voltar os olhos do americano médio ao real inimigo dos EUA, a China.


É a tática de todo político que está em franco derretimento político e popular. Criar um inimigo externo para unir o povo e ofuscar os problemas internos. Mas a estratégia adotada por Joe Biden, além de ser já conhecida, pode ser um verdadeiro tiro no pé. Não somente prejudicará as relações com a China, mas pode desencadear um cenário geopolítico no qual Washington não terá condições de lidar. E isso poderá apenas consolidar a China como nova superpotência global.


Os EUA hoje enfrentam o teatro de operações mais complexo desde a Guerra do Vietnã: A instabilidade do Oriente Médio, o avanço chinês no seu quintal (América Latina), a guerra na Europa e o perigo no Mar do Sul da China que não envolve somente Taiwan, mas outras potências como Japão e Austrália (provavelmente um barril de pólvora mais explosivo que a Ucrânia). Washington deveria, uma vez que permitiu Moscou crescer seus interesses sobre a Ucrânia, manter a situação estável no Extremo-Oriente e focar no seu principal alvo europeu.


Porém, Biden acionou sua maior aliada no Legislativo, Nancy Pelosi (para não ficar muito na cara que é ele interessado), e a enviou para um tour em países da Ásia que incluem Malásia, Japão, Filipinas e a Ilha Formosa (Taiwan). Obviamente que essa atitude não iria ficar sem reação de Pequim que considera o território como ocupado por rebeldes separatistas e já declarou abertamente que irá retomá-lo. Pequim recomendou fortemente em ligação a Biden que não permitisse essa ida. Os EUA não reconhecem Taiwan como nação, mas são obrigados por lei a defender a ilha em caso de ataque.


Assim, Joe Biden no desespero por desviar a atenção de seus erros internos pode estar cometendo o erro geoestratégico que dará aos chineses a desculpa necessária para tomar ações mais enérgicas contra Taiwan. Optou por um alvo (os russos) menos perigoso e menos ameaçador aos interesses de Washington, e agora faz um movimento que pode abrir um segundo front, uma lição que a Alemanha na 2ª Guerra Mundial já ensinou que não se deve fazer. O que acontecerá ainda é incerto, mas a certeza é que no atual momento a política externa de Joe Biden é um desastre.


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