A medida adotada na Colômbia é extremamente temerária no Brasil, além de poder ser considerada como assassinato de infantes no ventre materno.
A Colômbia descriminalizou o aborto até a 24ª semana nessa terça-feira. A despeito da comemoração de feministas e progressistas em geral, o problema no Brasil é bem mais diferente do que o vivido no país vizinho. Primeiro pela sociedade mais conservadora existente em solo nacional, segundo pela ausência de dados oficiais sobre aborto no país, e também pela característica cruel do que foi aprovado pelo governo colombiano. É um tema polêmico mas que precisa ser tratado com seriedade, diferente de tweets de feministas como a comunista Manuela Dávila que postou em suas redes sociais:
Histórico! O aborto até 24 semanas, um tema de saúde pública, foi aprovado pela Suprema corte da Colômbia.
Mas seguindo no tema, vamos falar sobre o Brasil que é o que interessa. Vivemos em um país conservador. Isso até a esquerda admite. A despeito das elites oportunistas que adotaram o progressismo como ferramenta de controle atualmente, a sociedade brasileira, o povo, tem maior afinidade com o conservadorismo, a defesa de sua família (constituída de pai, mãe e filhos). A própria esquerdista feminista Télia Negrão afirmou:
... vivemos numa sociedade muito conservadora, patriarcal, e quase todas as religiões são patriarcais.
Com isso em mente, não se pode admitir que o povo será subjugado, contrariamente aos seus princípios (ou pelo menos da maioria), para o agrado de uma pequena parcela que pensa diferente. O correto é respeitar o livre pensamento de todos, mas, em regimes democráticos, aplicar a vontade da maioria. Porém, não é isso que se vê na questão abortiva.
Adiante, uma pesquisa feita por Cardoso, Vieira e Saraceni (2020), após buscarem dados sobre aborto no país, concluíram que não há dados suficientes sobre aborto inseguro. Essa conclusão revela duas realidades. Primeiro, que o país precisa sim obter esses dados e melhorar a coleta deles no SUS e também em outras instituições, e que tratar do tema, sem dados é extremamente temerário. Afinal, não é possível estabelecer política pública segura sem ter como aferir o problema que a motiva.
Sobre o caso específico da Colômbia, não foi aprovado meramente a prática do aborto de fetos. E aqui a discussão é bastante delicada. Pois há pessoas que definem que a vida só começa com o batimento cardíaco e a formação do sistema nervoso, e já há aqueles que acreditam na vida desde a concepção. Pelo debate, cedendo à tese que haja vida somente com batimento cardíaco e formação neural, esses ocorrem no máximo até a semana 7. Ou seja, bem antes da 24ª semana como proposto na Colômbia. Assim, pode-se concluir à luz da maior parte das teorias que admitem a vida no ventre materno, que não é um mero procedimento médico, mas sim o término de uma vida, um assassinato.
Portanto, a despeito do progressismo estar empurrando a pauta do aborto via feministas que não sabem manter a perna fechada, essa prática não é de boa fama e pode ser considerada um assassinato. Ainda mais em uma sociedade "conservadora e patriarcal", com teorias que observam que a 24ª semana já há uma vida muito bem formada (até bem antes disso), e ainda mais sem dados para aferir a eficácia ou necessidade da aprovação dessa medida. Mas, em um mundo onde a vida humana é mais um pedaço de uma massa civilizacional progressistas e cega, não há valor algum na vida de uma criança indefesa.
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