Ciro Gomes apareceu na aba de Jair Bolsonaro nos últimos dias da corrida eleitoral, mas sua pauta e seu apoio vem de Pequim, e é um relacionamento de muitos anos. Entenda.
Ciro Gomes tem feito vários comentários recentes sobre o desenvolvimentismo e se colocado como uma alternativa àqueles que se interessam por um Brasil forte, mas sem o alinhamento com os EUA. O candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT) não cita, mas o seu real objetivo não é tornar o Brasil um país independente de grandes potências e forte de fato, mas alinhá-lo à cartilha chinesa que nada mais é do que uma espécie de troca de algozes, saem EUA e Europa, entra a China comunista.
O alinhamento entre Ciro e o PDT com o Partido Comunista Chinês (PCCh) não é de hoje. Na verdade, nos idos de 2010, quando a China era tida como uma promessa de potência ainda, os tentáculos de Pequim já vinham ao Brasil. Na ocasião houve reunião para estreitar os laços da Fundação Leonel Brizola e a Escola de Formação Política do PCCh. Mas não é só o partido, o próprio candidato defende o "exemplo" da China.
Ciro Gomes mantém na atual campanha eleitoral conversa ativa com a Embaixada da China. Em agosto ele falou com o encarregado de negócios da representação diplomática que, segundo o candidato, o questionamento foi sobre a segurança das eleições no Brasil. Após as conversas, Ciro atacou Bolsonaro novamente sobre seus questionamentos ao pleito eletrônico inauditável. Além disso, Ciro também já demonstrou afeto por práticas do capitalismo de Estado chinês, que é, hoje, o que mais aproxima um país a algo parecido com o Fascismo.
Em evento na Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), Ciro defendeu o "padrão chinês" para reverter o que chamou de desindustrialização do Brasil. De acordo com sua ideia, é preciso promover o crescimento econômico pelo Estado, para diminuir o spread dos juros em relação à inflação e ao crescimento do PIB. Mas, em entrevista na sabatina da Rede Globo, Ciro Gomes revelou talvez o seu afeto ao lado mais nefasto da China. Veja no vídeo retirado de redes sociais.
A China é pioneira no uso de tecnologia para vigilância e controle da população. Há estudos da Polícia e Procuradoria do país para o uso de inteligência artificial no julgamento de crimes menos complexos, por enquanto, e algoritmos para mapeamento e melhor "detecção e repressão" à criminalidade. Segundo o jornal South China Morning Post, de Hong Kong, uma IA, desenvolvida e testada em 2016 pela Procuradoria do Distrito de Pudong (Xangai) pode analisar denúncias, julgar se alguém é culpado ou inocente e imputar penas para até oito crimes. Mas a ideia de controle se alastra rápido: A Europa já vem adotando rotinas similares.
Em 2018, a BBC demonstrou o "X-Law", um algoritmo feito para prever crimes. Um agente policial de Nápoles criou o X-law, um sistema informatizado baseado em um algoritmo com essa finalidade. Este sistema foi usado para prender um homem de 55 anos em Mestre, uma pequena localidade a 8km de Veneza, quando ele estava prestes a realizar um roubo. Os agentes chegaram rápido, pois já estavam patrulhando a área graças ao X-Law. O programa tinha informado que havia grandes chances de um crime ser cometido naquela região entre 3h e 4h da madrugada de sexta-feira.
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