País passa por plebiscito de novo texto Consitucional que amplia pautas progressistas com suporte do atual Presidente Boric, que já indicou aplicar a nova Carta mesmo que não passe no pleito deste domingo.
A guerra cultural não está somente no Brasil. O Chile trilha um caminho tenebroso desde a eleição do atual Presidente Gabriel Boric. O país conhecido outrora como paraíso em meio ao caos da América Latina, com leis sólidas e liberdade econômica, hoje se encontra em uma encruzilhada entre o Comunismo de Boric e a liberdade que vigorou até então no país.
O Chile apresenta um dos melhores dados socioeconômicos do subcontinente, com o melhor da região IDH, melhor crescimento no último trimestre (na casa de 5%), e um país inserido no mundo como economia de mercado. O país é conhecido por um setor empresarial forte e independente, por riquezas minerais importantes como o cobre e estabilidade política até a eleição de Boric.
O pleito deste domingo propõe a instauração de uma nova Carta Magna do país que muda tudo. Menos independência e liberdades, maior presença do Estado e tudo isso em torno de lacração progressista como a obrigação de que os órgãos públicos tenham a chamada "igualdade de gênero". Essa exigência traz que 50% dos cargos públicos (inclusive eletivos) devem ser preenchidos por mulheres, independente de competência ou escolha popular. Além disso, aceita o casamento de pessoas do mesmo sexo e instaura uma série de trapalhadas econômicas que representam retrocesso na livre economia chilena.
O Presidente Boric é o maior cabo eleitoral da nova Constituição nesse plebiscito e afirmou que irá cumpri-la, independente da escolha popular. Algo semelhante ocorreu no Brasil com o plebiscito sobre o desarmamento. À época, Lula baniu o uso de armas por cidadãos comuns, mesmo com a população sendo contrária e votando pela manutenção da posse e porte de armas. Porém, no caso chileno, a situação é mais profunda por causar drásticas mudanças não apenas em uma questão, mas em toda organização do Estado.
As consequências econômicas podem incluir uma séria recessão e fuga de capitais dos empresários para outros países, além do aumento excessivo de gasto públicos. Uma receita que o Brasil já experimentou e sabe seus efeitos danosos. Se o Chile escolherá a liberdade ou o comunismo, o tempo dirá. Mas o Brasil precisa entender que a mesma escolha será feita em outubro nas eleições, e ao menos o Chile tem a desculpa de ainda não ter errado nessa escolha, nós não.
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