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[CHECAGEM SI] - Falas de Ciro Gomes ao Jornal Nacional.

O Sociedade Inteligente checou as principais falas de Ciro Gomes em sua amistosa entrevista com William Bonner e Renata Vasconcelos no Jornal Nacional.

Na ausência de checagens feitas prontamente sobre as falas do pedetista Ciro Gomes, candidato à Presidência da República, feitas na segunda-feira (22) sobre as falas do atual Presidente Jair Bolsonaro, ou pela ausência de divulgação dessas pelas redes sociais, o Sociedade Inteligente realizou checagens sobre falas do candidato pelo PDT. Esse tratado amistosamente com boas-vindas e agradecimentos pelo comparecimento dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos que pareciam mais a vontade do que com o último "entrevistado". Acompanhe as falas de Ciro Gomes e o que o Sociedade Inteligente abordou sobre os assuntos:


I. A indústria passou de representar 34% das riquezas do Brasil para 10%.

FALSO

A fala não é verdadeira. Dados da Fiesp apontam em pesquisa divulgada em 2015 que o ápice da industrialização no país (no período do regime militar) alcançou entre 21% e 25% (a depender da metodologia de análise) do PIB em 1985. Após queda durante o período da Nova República com os governos FHC e Lula/Dilma, no atual governo os níveis da indústria oscilam de 11% a 12%.


Fonte: FIESP


II. Tradição brasileira de desemprego entre 4 e 5%

IMPRECISO

A fala de Ciro Gomes é imprecisa. De acordo com pesquisa que resgatou o histórico da taxa de desemprego ao longo dos anos, a partir de 1980, a média de desemprego ficou gira próxima a 7%, com a taxa ficando abaixo de 5% somente nos anos 1980. A pesquisa demonstra a tendência de alta do desemprego com as políticas sociais-democratas de PSDB e políticas esquerdistas do PT que levou a maior escalada do desemprego nos últimos 30 anos (a partir de 2015). Após o governo Bolsonaro, o desemprego caiu novamente a patamares inferiores a 10% em 2022 (algo não visto desde 2015).



III. Informalidade deixará 50 milhões de brasileiros sem previdência

FALSO

É falso que a informalidade mandará 50 milhões de brasileiros para a aposentadoria sem previdência. A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE foi apresentada pelo Poder 360, e demonstra que, em seu levantamento no final de 2021, não há sequer 50 milhões de brasileiros na economia informal. E, aqueles que estão ainda podem adotar regimes privados de previdência, o que pode diminuir ainda mais o número de pessoas supostamente sem previdência.


Fonte:

IV. Comportamento genocida (ao se referir às ações de Jair Bolsonaro na pandemia)

FALSO

É falso que a houve qualquer genocídio ou comportamento genocida pelo atual governo. A falácia se tornou comum entre opositores do atual Presidente Jair Bolsonaro. O termo é extremamente impróprio e desrespeitoso por banalizar o termo de um ato criminoso e abominável que populações como judeus, negros na África e cristãos em países comunistas sofreram. A definição de genocídio celebrada no Direito Internacional e abraçada na legislação brasileira é a trazida na Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio de 1948 e absorvida pela legislação brasileira em 1952.

Observa-se que na definição há a intenção, o dolo, e esse é preciso ser direcionado contra grupos de nacionalidade, etnia, raça ou religião. É completamente impossível associar o Presidente Jair Bolsonaro a uma intenção a algum grupo direcionado.

A Convenção pune tanto o genocídio quanto qualquer tentativa, incitação ou cumplicidade no ato. Associar a atual Presidência a uma tentativa, incitação ou cumplicidade também é impossível, pois novamente, ainda que houvesse algum tipo de intenção do atual governo com a disseminação da Covid-19, é impossível associar a um determinado grupo, já que é uma doença difusa.

Portanto, a declaração de Ciro Gomes não apenas é falsa, como caluniosa e difamatória. Isso pode ser interpretado à luz dos art. 138 e 139 do Código Penal por imputar falsamente um crime vexaminoso a alguém, levando ao dano da honra também. Fica a recomendação do Sociedade Inteligente ao candidato que se retrate e retire as palavras a fim de evitar o julgamento da lei.



V. INCRA titulou terras usando como prova de posse, o desmatamento da terra

SEM EVIDÊNCIAS

Não há evidências que a comprovação de posse de terras na Amazônia foi feita pelo desmatamento da terra. A ocupação da Amazônia e a solução para o desenvolvimento da região sempre foi debatido desde o início da República. E sempre ocorreu com incentivos estatais como isenção de impostos para atrair empresas, indústrias e pessoas para a região. Não há também nenhum trecho da Lei 4504/64, conhecida como Estatuto da Terra, que mencione ou incentive que a pessoa desmate trecho ou porção de terra para comprovar posse, nem quando prevê a Colonização Oficial ou Particular.



VI. As Forças Armadas são omissas na vigilância de fronteira na Amazônia

IMPRECISO

A fala que acusa as Forças Armadas por omissão no monitoramento fronteiriço na região da Amazônia não é precisa. Desde o fim do regime militar até o governo do Presidente Jair Bolsonaro, que foi militar do Exército, a área da Defesa do Brasil sofreu com poucos investimentos na área efetiva de equipamentos, treinamento e preparo. Os responsáveis por isso são os governos do PSDB e do PT. Assim, alegar que Exército, Marinha e Aeronáutica são omissos na preservação das áreas de fronteiras na Amazônia é impreciso. As Forças Armadas fazem o que podem com o que possuem em mãos, inclusive realizam operações de fronteiras como as Operações Amazônia todos os anos. Abaixo o link da última Operação Amazônia feita com cobertura do Poder 360.



VII. Fortaleza não possui áreas de riscos de desmoronamento

FALSO

É falso que Fortaleza não possua áreas de risco. E a informação é da própria Prefeitura de Fortaleza. Segundo o Executivo local, atualmente a cidade de Fortaleza possui 89 áreas de risco com 21.345 famílias.



VIII. 11.600 policiais no Brasil todo

FALSO

É falso que haja apenas 11.600 policiais no Brasil. Levantamento do Fórum de Segurança Pública do país demonstra que, em 2021, foi constatado um total próximo a 700 mil policiais civis, militares e federais em todo o país.



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