Falas de Bolsonaro na ONU são diplomaticamente importantes e mostram um Brasil forte e descolado de blocos de países, mas com seus próprios interesses nacionais.
A inocência e idealismo na diplomacia não tem espaço. Pensar de forma idealista esquecendo que nenhum país está sozinho no mundo, acaba gerando isolamentos em apoios necessários até para as grandes superpotências. Mencionar o poder do agronegócio, o poder econômico brasileiro, o Brasil campeão em energia limpa, e a liberdade religiosa existente em terras brasileiras, fez o Brasil dar um tapa de luva em europeus, americanos, eurasianos e asiáticos.
A verdade é que o Brasil, com Bolsonaro na Presidência da República, tem muito a ensinar ao mundo. Como sair de uma crise dupla (pandemia e guerra) de forma positiva economicamente. Um Banco Central independente, uma política econômica majoritariamente liberal, que contem como pode as bocas vorazes de um Estado extremamente inchado e ineficiente. Sem malabarismos, sem pedaladas, sem invenções, apenas o feijão com arroz que é o que gera crescimento sem ser bolha.
No plano sustentável, o Brasil também se posicionou como um país não demagogo. Falou da sustentabilidade do agronegócio brasileiro (fundamental para um mundo com insegurança alimentar) que produz e mantém os biomas em pé. O Brasil possui a grande maioria de florestas e matas intocadas, e ainda assim alimenta mais de 1 bilhão de pessoas mundo afora. A energia aqui é limpa de fato, não como em alguns países que querem bancar como sustentáveis, mas estão apelando para energia suja em meio à guerra.
Sobre a guerra, o Brasil não quer tomar o partido dos russos, mas condena as sanções contra Moscou como forma de forçar uma "paz". Não quer tomar o partido dos ucranianos, mas não apoia a invasão da Ucrânia. "A verdadeira paz vem através do diálogo". As palavras de Bolsonaro demonstram que não adianta querer o fim do conflito e insistir em não sentar à mesa de negociação. Essa posição é ótima para garantir o fornecimento de insumos vindos da Rússia como diesel e fertilizantes, além de manter as relações com o Ocidente e com países que influenciam a entrada do Brasil na OCDE.
O Brasil na ONU, nesta Assembléia Geral de 2022, demonstrou força sem ser agressivo. Demonstrou lições ao mundo, sem querer ser demagogo. Falou em paz de forma direta, falou nos interesses do país que quer justiça e um desenvolvimento sustentável, bem como ser pago pelos seus serviços ambientais prestados à humanidade. E tudo isso, sem abandonar as origens, sem abandonar a liberdade da fé de todos, sem abandonar a identificação do povo com a Pátria brasileira, sem abandonar a família como célula basilar da sociedade. Progressistas dirão que é "passar vergonha", mas os resultados do Brasil falam por si só.
Commentaires