Globo e Estadão foram os principais a cometerem o equívoco de análise e não assinaram os textos. Entenda o caso.
O Globo e o Estadão cometeram uma falha analítica ao abordarem o acidente que levou à óbito o Presidente do governo revolucionário dos aiatolás do Irã, Ebrahim Raisi. O erro foi realizado em menos de uma hora por ambos os sites nesse domingo (19).
Em ambos os textos, para associar o conservadorismo com táticas como prisões e execuções em massa, foram mencionados esses fatos que ocorreram no governo de Raisi. Assim, os blogs constroem a imagem para o leitor mais desatento que a direita, ou o conservadorismo, é um movimento que usa violência e perseguição.
Contudo, o próprio texto do Globo expõe o erro do rótulo ao abordar o passado de Raisi. O blog trouxe que o Presidente falecido nesse domingo participou de movimentos revolucionários para depor o regime do Xá apoiado pelo Ocidente, uma postura nada condizente com o conservadorismo ou com a direita, principalmente à luz do pai do conservadorismo, Edmund Burke.
Além disso, ambos os blogs ignoraram por completo os vínculos do regime iraniano com a esquerda mundial. O apoio do atual governo Lula aos governos dos aiatolás, o apoio e patrocínio fundamental do Partido Comunista Chinês e de Moscou. Mas não apenas esses países, o próprio governo de esquerda dos EUA, de Joe Biden, concedeu 1 bilhão de dólares ao atual regime iraniano.
Outro detalhe sobre as publicações, nenhuma delas foi assinada por jornalistas dos blogs. É uma prática comum identificar o autor do texto, pois essa identificação traz credibilidade e indica o contexto do próprio autor como posições, textos anteriores e histórico. A falta de identificação do autor nos textos denota que talvez o erro não seja acidental, mas com um objetivo específico.
Até a publicação desse texto, nenhum dos dois blogs corrigiram a informação. Caso haja retratação, será publicada abaixo.
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