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Bem-vindos à Nova Ordem Mundial - Um mundo sem fronteiras! Ou apenas com fronteiras diferentes?


A Nova Ordem Mundial para exercer domínio e autoridade sobre todo o planeta, precisará eliminar as fronteiras físicas, aliás elas já estão em processo de alheamento mundo afora. Mas não se engane, novas fronteiras devem ser criadas, afinal dividir para manter o poder é fundamental. Nesta continuação sobre a Nova Ordem Mundial, será observado um fator crucial do ponto de vista geopolítico para a consolidação de um governo global único, o fim das fronteiras físicas. Para isso, antes é necessário esvaziar a soberania de países, tornar a produção mundial e móvel em acordo com as cadeias globais de valor, além de posicionar as massas migratórias independentemente de fronteiras. Um desafio que levará anos e anos, mas algo que já pode ser visto nos dias de hoje.


Soberania. Segundo o Michaelis Online, soberania é: Poder político independente do Estado em relação a outros países, e supremo dentro do seu território; autoridade, imperiosidade. Identifica-se na síntese anterior a ideia de um poder político (usurpado autoritariamente ou outorgado democraticamente) que detém a autoridade suprema em uma área física definida chamada território. As fronteiras são limites físicos de um território, essas definem também a jurisdição da soberania de um país. Contudo o ponto chave da soberania está na palavra "independente". Soberania é exercer poder sem intervenção externa de outras nações no território definido. Quando há qualquer interferência de uma nação no poder de outra, há, inexoravelmente, quebra de soberania nacional. Assim, para tornar fronteiras físicas cada vez menos válidas, é antes preciso esvaziar sua principal razão de existir, a soberania. Por isso vemos casos como intervenções da ONU em países, as incontáveis interferências dos EUA e da UE no Oriente Médio e mais recentemente as pressões europeias sobre a preservação da Amazônia como "patrimônio da humanidade", e, consequentemente, seu destino não pode estar nas mãos de um governo que detenha a floresta em seu território.


Esvaziar o poder estatal em seu território é um passo importante para a Nova Ordem. Há uma outra área também crucial, a economia global. E ao se falar em economia, não basta observar a internacionalização do capital, do mercado financeiro. Mas é preciso padronizar as regras econômicas nas diversas economias mundo afora. E o meio mais rápido de fazê-lo, visto a olhos nus nos dias atuais, é a digitalização econômica, com transações comuns como transferências, pagamentos, compra e venda de produtos feitas de forma 100% digital. Há agilidade, maior segurança contra ladrões e perdas de papel-moeda, além de agredir menos o meio-ambiente. E também existe maior possibilidade de rastreio, controle e vigilância dos fluxos financeiros, coibindo corrupção, com o preço de perda de privacidade e liberdade das pessoas. Além da digitalização financeira, há também a mundialização da produção. As cadeias globais de valor demonstram a possibilidade atual de produzir um bem que traz partes de diversos países e concentram a montagem em um último, que não necessariamente terá o maior avanço tecnológico ou econômico por entregar o produto final. Tal produção acaba dificultando cada vez mais barreiras econômicas impostas por Estados protecionistas e barateiam os custos levando ao maior fornecimento de bens e serviços em lugares não possíveis sem essa forma de produzir. Assim, o Estado perde também o controle sobre a produção e fornecimento de serviços, em prol de uma economia interligada globalmente, ou seja, o Governo nacional perde o controle do poder econômico.


Pensar em poder e economia é fundamental para organizar uma Nova Ordem Mundial. Mas não há economia, nem poder sem as massas. Pensar no povo também é tarefa de um Governo estabelecido. E no caso de um governo único da Terra, é preciso pensar em como controlar fluxos migratórios uma vez que não haverá mais fronteiras físicas que impeçam esses movimentos. A equalização econômica entre regiões não é algo que acontecerá. Afinal países possuem áreas mais ricas e áreas mais pobres. Porém o Brasil nesse sentido é um ótimo exemplo por ser altamente desigual. As famosas migrações do Nordeste para o Sudeste não abalam a economia nacional e nem todos podem mudar de moradia, com a maioria da população permanecendo na sua origem. Em uma Nação global única, seria necessária uma transição inicial para evitar a movimentação excessiva de áreas como África/Oriente Médio para Europa; Leste Asiático para Japão/Coréia do Sul; Sudeste Asiático para Japão/Austrália; e América Latina para os EUA/Canadá. Essa transição necessitaria de um investimento nas áreas subdesenvolvidas para criar as mínimas condições que evitem uma corrida para as regiões mais desenvolvidas. Mas com o tempo as migrações seriam normalizadas assim como o "êxodo" do Nordeste para o Sudeste hoje em dia é bem menor do que patamares do séc. XX.


Portanto, poder, economia e massas. Esses três fatores precisam ser controlados pela autoridade global com a finalidade de estabelecer um Estado Único. Para ter poder, é preciso esvaziar a soberania dos países através da identificação da interdependência relativa a problemas, como o meio-ambiente, exploração de combustíveis, conflitos e guerras, matriz energética barata e viável, e desenvolvimento socioeconômico de regiões. Para ter controle econômico, observa-se imprescindível a padronização das trocas financeiras em todo mundo, com a sua digitalização que elimine o papel-moeda, além da viabilização da produção global em diversas partes do planeta, com o objetivo de baratear produtos sem barreiras protecionistas das Nações e com todos colaborando em todas as etapas de produção ou de prestação de serviços. Finalmente, o controle de movimentos das massas populacionais, através de uma transição que preveja desenvolver minimamente áreas mais carentes para evitar uma evasão para regiões mais abastadas. E assim, a palavra "fronteira" cairia no arcaísmo como algo ultrapassado de uma era antiga. Ou a palavra continuaria usada? Poderia ser o caso, com maior abstração, sendo vistas fronteiras econômicas para movimentos de massas que impediriam pessoas de viverem em áreas mais caras ou delimitariam limites não oficiais, fronteiras produtivas que determinem o que ser produzido e aonde, e uma região que seria escolhida para sediar o poder do Estado Único Global. Tudo no momento é especulação, porém as mudanças nesse sentido, já podem ser vistas.


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