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Bastidores da FAB revelam que EUA faz lobby para que o Brasil não aumente a compra de Gripens.

O governo Biden está em conversa com o governo Lula para que o Brasil adquira 24 unidades usadas de caças F-16 Fighting Falcon C/D.


Nos bastidores da Força Aérea Brasileira (FAB), há intensas discussões sobre a possibilidade de adquirir um lote de 24 aviões F-16 C/D usados dos Estados Unidos. Essa notícia surgiu em meio aos rumores de um potencial cancelamento do segundo lote de caças Gripen E, que são mais caros se comparados com os caças americanos, esses últimos ultrapassados e já sem uso na USAF (Força Aérea dos EUA).


A controvérsia dentro da FAB vem crescendo à medida que o lobby a favor da compra dos F-16 C/D ganha força. Há quem defenda a escolha, ao apontar as vantagens financeiras imediatas dessa possível decisão. Contudo, há uma parcela significativa de críticos que alertam para os riscos associados à aquisição de aeronaves mais velhas e menos avançadas tecnologicamente, além de não haver nenhum ganho tecnológico com a compra (diferente do caso do Gripen).


Os F-16 C/D, são considerados caças de 3ª geração. São equipamentos que atingem uma velocidade máxima de Mach 2 e capacidade de transportar uma variedade de armamentos ar-ar e ar-terra de origem norte-americana e não são compatíveis com tecnologias locais como o Link Br e armamentos produzidos nacionalmente. Por outro lado, os Gripens E são caças de 4ª geração ++, com tecnologia furtiva ativa (através do uso de sensores e uma assinatura radar muito pequena), capacidade avançada de sensoriamento, guerra eletrônica e maior manobrabilidade. O Gripen está em fase avançada de integração com os sistemas da Força Aérea Brasileira, e sistemas de comunicação integrados de alta performance.


A discussão em torno do tema se intensifica ainda mais devido à percepção de que essa escolha pode comprometer a eficácia e a segurança das operações da FAB no futuro. Por exemplo, no caso do Chile, os caças F-16 dependem de autorização dos EUA para uso de armamento. Além disso, há o inevitável envelhecimento precoce dos F-16 C/D, como ocorreu com os caças Mirage 2000 comprados nos anos 2000 em situação semelhante. Assim, esses 24 caças podem se tornar um fardo a longo prazo, fazendo com que muitos questionem a inteligência estratégica dessa decisão.


Enquanto isso, especialistas em defesa e militares da FAB apontam que a prioridade deve ser investir em equipamentos modernos com transferência de tecnologia, além de atender a maior independência do Brasil da influência norte-americana, e manter a FAB tecnologicamente atualizada. A opção por aeronaves mais modernas, como os Gripens E, poderia garantir uma superioridade nos combates aéreos regionais da América Latina, e uma vantagem significativa sobre todos os países vizinhos.


A decisão final sobre a compra dos 24 F-16 C/D usados dos EUA ainda não foi tomada, mas a polêmica em torno desse assunto segue dentro e fora da Força Aérea Brasileira. A decisão favorável aos caças norte-americanos representará um retrocesso na aviação de caça que tem sido obtida com o Gripen E, além de colocar a FAB dependente de equipamentos dos EUA em sua capacidade operacional.


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