Entenda como atos golpistas ocorreram com invasão de prédios públicos, depredação de patrimônio e tentativa de captura de ministros da Suprema Corte da Colômbia.
Atos golpistas, essa expressão está sendo amplamente usada para mencionar os vândalos que depredaram os prédios públicos da Praça dos Três poderes em Brasília, no dia 08 de janeiro de 2023. A Globo, CNN e outros veículos de imprensa de esquerda noticiam aos quatro ventos narrativas e fazem sensacionalismo sobre os eventos. Porém, esses mesmos veículos estão completamente silentes sobre o que está acontecendo no vizinho colombiano.
A Colômbia viveu 58 anos de guerra civil com o país literalmente dividido. Parcela do seu território vivendo sob controle majoritário de um grupo esquerdista de narcoguerrilha denominado FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e alguns braços paralelos. Porém em 2016 um acordo foi celebrado para incluir membros das FARC no cenário político colombiano e por fim ao conflito que ceifou milhões de vidas.
A partir disso, a esquerda incorporou muitos ex-guerrilheiros para suas fileiras políticas, o que resultou na eleição de Gustavo Petro em 2022, após um mandato como Senador. Essa eleição trouxe a esquerda narcoguerrilheira ao poder e muitas mudanças. Antigo membro da guerrilha M-19, Petro foi eleito sob a desculpa de transformar radicalmente as "estruturas de violência e desigualdade" na Colômbia. Tal agenda incluía a introdução de reformas nos sistemas de educação, segurança, trabalho, pensões, terras, saúde e impostos do país.
A verdade é que o governo de Petro se viu pouco hábil na política civilizada, muito diferente da violência de guerrilhas narcotraficantes. O jornal El País noticiou que em seu primeiro ano de poder, Petro pouco conseguiu fazer das promessas, o que levou a muita indignação por parte da esquerda vinculada a ele e aos narcoguerrilheiros. Militares do país, que sempre combateram o terror implantado por esses criminosos, não enxergam com bons olhos o governo de Petro, e a população não viu melhorias na sua vida cotidiana.
Nos últimos dias, a política colombiana foi bem agitada. Petro se envolveu em problemas políticos e de apoio (já fraco) no Legislativo do país, quando principais assessores tiveram que renuncia depois de serem apanhados em um escândalo bizarro em que recursos estatais foram usados para vigiar uma babá que eles suspeitavam ter roubado dinheiro. O escândalo se aprofundou com a divulgação neste fim de semana de áudio dos principais assessores brigando e ameaçando divulgar informações prejudiciais relacionadas à campanha de Petro.
Uma carta internacional em apoio a Petro foi escrita, acusando uma possível tentativa de golpe de Estado velada através dessas acusações. Os assinantes da carta foram todos da esquerda: ex-presidente colombiano Ernesto Samper; Gleisi Hoffmann, líder do PT; Rafael Correa, ex-presidente do Equador; o ex-presidente de governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero; e os antigos chefes de partidos da oposição em todo o mundo, incluindo Jeremy Corbyn do Reino Unido e Jean-Luc Mélenchon, um antigo candidato presidencial francês.
Assim, com a política em um barril de pólvora e a Justiça colombiana investigando a suposta corrupção nos aliados de Petro, os movimentos esquerdistas de rua foram acionados de forma violenta para saírem em defesa de Gustavo Petro. Manifestantes tomaram a capital Bogotá e ameaçaram o Procurador Geral e os juízes da Suprema Corte do país, em manifestações. A situação ficou tão tensa que os juízes precisaram ser retirados do prédio de helicóptero.
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