Operação conduzida pelas forças de Israel e pela inteligência do país, a MOSSAD, eliminou o líder do grupo terrorista Hamas nessa quarta-feira. Entenda.
O líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto nas primeiras horas da manhã no Irã, disse o grupo terrorista palestino nessa quarta-feira, descrevendo o ataque como uma "escalada severa" que não atingiria seus objetivos. A morte foi confirmada também pela IRGC (Guarda Revolucionária Islâmica do Irã), horas depois de ele comparecer à cerimônia de posse do novo presidente do país, Masoud Pezeshkian, e sentar-se ao lado do Vice-Presidente do Brasil, Geraldo Alckmin.
Foi o segundo assassinato de alto perfil atribuído a Israel em questão de horas, vindo depois de um ataque aéreo a Beirute, que matou o principal líder militar do Hezbollah. Não houve comentários imediatos sobre o ataque de Teerã por parte das autoridades israelenses. Mas afinal, como foi a operação?
Haniyeh sempre se hospedava no Catar, e era visto como um "diplomata" do grupo terrorista. Inclusive, na Faixa de Gaza, local que os terroristas do seu grupo controlavam, sempre acessavam plenamente prédios da UNRWA, inclusive com bases subterrâneas aos prédios da entidade da ONU. A localização era estratégica, por permitir camadas de proteção ao líder terrorista, pois Israel não deseja criar problemas diplomáticos com o Catar, que é um dos países intermediadores de negociações com os terroristas.
Dessa forma, era necessário aguardar o momento em que Haniyeh estivesse fora do território do Catar. Contudo, em uma posse presidencial, o previsível é que a segurança esteja em alerta total, principalmente se tratando do Irã, que é desafeto de muitos países ocidentais. Mas aí, entrou a inteligência da MOSSAD.
A MOSSAD é a agência de inteligência mais eficiente e temida por terroristas e opositores do Estado de Israel. Na morte do ex-presidente iraniano, ocorrida em uma queda de helicóptero, há muitas suspeitas de ação de sabotagem do grupo de inteligência, porém nada foi confirmado e a alegação oficial foi que a queda deveu-se a mau tempo. Além desse evento, a MOSSAD já foi suspeita de atuar em diversas situações que inimigos do Estado de Israel apareceram mortos.
Sobre o caso de Haniyeh, enviar assassinos em território iraniano seria algo ousado e que arriscaria expor elementos a possível captura inimiga, portanto essa ação não foi utilizada. Mas era preciso também enviar uma mensagem, tanto ao governo de Teerã que atacou Israel recentemente com vários drones, mísseis e foguetes. Assim, uma ação visível era necessária. Qual seria? Um ataque de mísseis.
Segundo informações do Times of Israel, o míssil atingiu com êxito seu alvo. Horas após a cerimônia de posse do novo Presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. Uma operação precisa que relembrou o ataque dos Estados Unidos que eliminou o general Soleimani do Irã com um ataque semelhante. Recentemente, Netanyahu e Trump foram vistos nos EUA em conversas, porém não há nenhuma confirmação que possa ter tido algum tipo de conversa no sentido de operação dessa estirpe.
Além do líder do Hamas, Israel também conduziu um ataque aéreo ontem que eliminou Fu’ad Shukr, líder militar do Hezbollah, que estaria por trás dos ataques de foguetes contra um estádio com crianças jogando futebol. O ataque raro foi na capital libanesa, Beirute, e foi precisamente bem executado, não levando a mortes de civis. Esse ataque em Beirute também contou com ações de inteligência que obtiveram a exata localização dos terroristas para que o ataque fosse autorizado.
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