Com a força de Donald Trump nos EUA, o Itamaraty e Lula acendem o alerta para possível perda do seu principal avalista político: Washington.
Trump está vindo forte. E a força do republicano norte-americano está assustando o atual governo Lula e o Itamaraty. Afinal, em 2016, quando Trump se elegeu, a força que ele deu para a direita brasileira resultou na eleição de Jair Bolsonaro em 2018. E não apenas isso, mas também resultou em um período de paz mundial de 4 anos e estrangulamento inteligente de muitos grupos aliados do atual governo brasileiro (Hamas, Irã, outros grupos terroristas).
Assim, a despeito da declaração do atual chanceler Mauro Vieira, que afirmou as relações com o governo Trump continuaria normalmente caso ele fosse eleito, a verdade é que não é apenas a CNN e os jornalistas que temem a volta do "laranjão". Nos bastidores, há temor no Itamaraty com a volta do republicano, e há motivos para isso.
Trump é um líder que adotou no seu primeiro mandato uma postura isolacionista diplomaticamente, fez a economia dos Estados Unidos ter forte crescimento e manteve a influência nas regiões estratégicas através de ações pontuais bem contundentes, como a morte do extremista General Soleimani. Essa postura contundente prejudica interesses brasileiros, principalmente por serem países e grupos terroristas que os republicanos não aliviarão.
Já na seara diplomática, a falta de apoio dos EUA ao governo petista, seja pelo isolacionismo, seja por Trump representar um governo conservador-liberal, Lula se veria obrigado a tomar algumas atitudes: Primeiro buscaria apoio em um país que vê interesse no seu governo também, um país que busca usar instrumentos como o BRICS para projetar poder e colocar seus "aliados" como verdadeiros subalternos. Um país que já fez isso na África e faz agora no Sudeste Asiático e Oriente Médio: a China.
Contudo, Trump vendo Lula se abrigar na influência chinesa permitiria ele fazer isso? Aí, a oposição a Lula seria o instrumento utilizado para evitar que o governo petista concretizasse o plano. Porém, além dessas conjecturas, a verdade é que os maiores anseios de Lula: um comércio internacional fora do dólar, uma vaga no Conselho de Segurança da ONU, um apoio forte que avalizou sua eleição em 2022, tudo isso se evaporará. Daí o que acontecerá, o tempo será o narrador.
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