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A inabilidade de Bolsonaro é superada pelo amadorismo da imprensa e figuras midiáticas famosas


Bolsonaro possui qualidades e defeitos. Talvez um dos principais problemas sobre sua postura é a inabilidade política de Bolsonaro, sua capacidade em "destruir pontes" como diz o economista Rodrigo Constantino. Contudo, muitos contrários ao Presidente, gostam de falar (desde o início de 2019) que ele cairá. Já se vão 1 ano e 6 meses, muitas declarações de repúdio ao governo, muitos ataques, muitos deslizes e o líder do Executivo continua capaz de aglutinar multidões muito mais do que seu arquirrival, o petista condenado Lula.


Como isso é possível? Em parte Bolsonaro é ajudado pelas atitudes de Congresso e STF cada vez mais egoístas e fechadas em si mesmas. Há também a inabilidade ainda maior da imprensa opositora ao Governo, e também de algumas figuras midiáticas, as quais simplesmente ao "bater" em Bolsonaro o deixam mais forte. Isso, aliado "ao feitiço virar contra o feiticeiro", o ajuda a continuar o discurso de um homem lutador patriota do povo e do Brasil contra a corrupção e meios de informação comprados por interesses poderosos, que apesar de raso, mantém seus seguidores aglutinados a seu redor.


O Congresso e o STF são repudiados por grande parcela da população. Basta ir a qualquer rede social e você verá hashtags como #STFVergonhaNacional, #ForaMaia, entre outras. Esse distanciamento entre Congresso e povo vem de muito antes do governo atual. Quando eram reveladas as compras de votos para aprovação da reeleição de FHC ainda no séc. XX, descortinava-se as entranhas nojentas e podres do Congresso Nacional, onde ocorriam compras de votos no Legislativo para atender a interesses do Executivo. A era petista de 2003 a 2018 ampliou e profissionalizou de tal forma que tornou-se parte do sistema democrático brasileiro a corrupção e a troca de benefícios entre Executivo e Legislativo corroborada pela blindagem do STF.


A eleição de Bolsonaro quebrou esse mecanismo corrupto, centro do Poder no Brasil, uma vez que o eleito comprometeu-se com o fim do famoso "toma lá, da cá". Apesar de não ter acabado totalmente, houve uma grande desarticulação desse establishment com a mudança de ministros políticos para ministros mais técnicos. Tal fenômeno tornou o Estado brasileiro mais leal à distribuição de Poderes idealizada por Montesquieu. Contudo, Legislativo e Judiciário também perderam o poder de angariar mais recursos para si (nas trocas de favores e corrupção no envio de dinheiro para estados e municípios), uma vez que não foi mais possível realizar as chantagens políticas em troca de cargos chaves, os quais eram fontes de recursos financeiros. Resultado disso, a estratégia adotada por Legislativo e Judiciário tem sido isolar-se cada vez mais em si próprios e levar a cabo suas próprias agendas aquém do Executivo representado pelo Presidente atual, como forma de torna-lo inviável politicamente.


Além desses elementos, uma outra ponta da estratégia do que é chamado de "Velha Política", é minar a popularidade presidencial (principal pilar do governo). Assim, uma boa parte da mídia ataca veementemente Bolsonaro, passando a ideia de um governo mal articulado gerido por um Presidente incompetente. Não é preciso mencionar exemplos, basta sintonizar em canais como Globonews ou ligar a TV Globo no horário de algum telejornal que serão observadas essas táticas midiáticas. Não somente canais grandes, mas figuras famosas na internet também tem atacado o Chefe Executivo, seja por oposição real, seja por não alinhamento com decisões executivas. É possível enxergar 2 exemplos (há mais) de figuras da internet contrárias ou não-alinhadas a Bolsonaro.


A primeira era um forte aliado na época da eleição, porém por descontentamento com ações bolsonaristas (do Presidente e de seus aliados), hoje é forte crítico, trata-se de Nando Moura. Um forte youtuber com milhões de inscritos em seu canal que apoiou abertamente campanhas a favor de Bolsonaro nas eleições, mas agora se posiciona contra o governo. Chama os bolsonaristas de "gado" e mantém seu discurso de "bater quando o Governo cometesse erros" (a seu ver). Porém, o personagem vem perdendo inscritos e relevância por tomar essa atitude que muitas vezes passam do limite de uma discussão democrática para ataques ferozes e pessoais.


Outra figura da internet e do jornalismo que ganhou exponencialidade em cima da escalada eleitoral do atual Presidente, Felipe Moura Brasil, participava do programa da rádio Jovem Pan (Os Pingos nos Is), famoso pelo alinhamento ao Palácio do Planalto, durante a corrida das eleições, batia forte no PT e na "Velha Política". Contudo, rumores (nada confirmado) apontam um desentendimento da figura com o jornalismo da rádio (por não criticar, da forma que ele considerava necessária, o governo e atitudes), gerou a saída de Felipe do programa e seu retorno ao famoso site de notícias "O Antagonista". Atualmente, o jornalista critica duramente o governo sem reconhecer quando esse toma atitudes corretas, tornando-se mais um opositor bolsonarista com relevância significativamente reduzida comparada a quando fazia parte da rádio citada.


Por que "bater" em Bolsonaro não funciona? Afinal, a imprensa "espancava" Dilma e o PT no auge do impeachment da ex-president"a", e ela caiu. A diferença está na construção de um discurso muito bem elaborado de exposição dos meios de comunicação. Esses foram flagrantemente trazidos à luz, ainda na época de eleição, como parte importante do jogo político até então, onde críticas brandas e veladas eram feitas para não expor o jogo de troca, com abafamento de casos mais escandalosos e abrandamento de notícias nocivas à "Velha Política" em troca de recursos públicos através da propaganda pública governamental. Portanto, quando o líder do Executivo é atacado (muitas vezes de aberta e ferozmente) pelos meios de comunicação contrários (que não são prejudicados, mas agora recebem de forma justa os recursos da propaganda do Governo), fortalece o discurso que ele criou contra a "imprensa tradicional e corrupta".


Portanto, com opositores políticos mais e mais distantes da população e fechados em si mesmos, numa tentativa de isolar um Governo (que conta com forte apoio popular) nas suas cortes e reuniões na calada da noite, o povo observa que, mesmo imperfeito, o único ainda a dialogar e ter representatividade popular de fato, é o Presidente Bolsonaro. E a estratégia de ataques adotada pela mídia volta-se contra ela mesma, por um bem construído conceito de sujeira e promiscuidade com o dinheiro público das instituições jornalísticas, pelo então candidato e trazido também para o Governo, após eleito. Assim, o Executivo continua com seu maior cargo ocupado e deve continuar de tal forma, aliás, este é um momento no qual a última coisa que se quer é solavanco institucional.

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